Todos os movimentos palestinos convocaram para esta sexta-feira um "Dia da Ira" na Cisjordânia com manifestações contra a operação militar de Israel em Gaza, informaram fontes palestinas.
As forças de segurança israelenses continuam em estado de alerta por ocasião da última sexta-feira do Ramadã, quando também se celebra o Dia de Jerusalém, instaurado em 1979 pelo aiatolá Khomeini para recordar aos muçulmanos "seu dever de resistência para libertar Jerusalém da ocupação".
Os agentes vigiam o setor antigo de Jerusalém Oriental, onde 39 manifestantes já foram presos e 27 policiais sofreram ferimentos leves. O acesso à Esplanada das Mesquitas foi proibido a homens com menos 50 anos para a tradicional oração das sextas-feiras.
O conflito em Gaza ameaça se estender para a Cisjordânia ocupada, onde confrontos entre palestinos e forças de segurança israelenses deixaram um morto na quinta-feira à noite.
Pelo menos um palestino morreu e cinco ficaram feridos atingidos por tiros disparados por israelenses em Qalandia, posto militar de Israel que controla a entrada em Jerusalém.
Os confrontos ocorreram quando mais de 10.000 manifestantes tentavam se reunir na cidade sagrada para a Noite do Destino (Lailat al-Qadr), um dos eventos do mês do Ramadã.