Agência France-Presse
postado em 26/07/2014 15:08
Gabrovo - Os primeiros parentes das 298 vítimas do voo MH17 chegaram neste sábado ao local onde o avião da Malaysia Airlines caiu, no leste da Ucrânia, região controlada por separatistas pró-russos, onde ainda existem restos de corpos. Nove dias após a queda do avião MH17 com 298 pessoas a bordo, incluindo 193 holandeses e 28 australianos, os combates prosseguem no leste da Ucrânia e a Rússia é acusada de fornecer armas aos insurgentes. "Há cadáveres que ainda não foram encontrados no local" em que o avião caiu, destacou neste sábado o primeiro-ministro australiano, Tony Abbott.
Jornalistas da AFP viram na sexta-feira o pedaço de um corpo em um campo de girassol assinalado com um tecido branco atado um pau, e outro pedaço de um ser humano no local principal da catástrofe. "Está claro que ainda há restos de cadáveres que não foram descobertos no local", destacou Abbott. A Austrália planeja enviar à região cerca de 200 homens, sobretudo policiais, e um número indeterminado de soldados.
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Quarenta gendarmes e 20 policiais holandeses desarmados chegaram com grande discrição a Kharkiv (leste da Ucrânia) na noite de sexta-feira e planejavam se dirigir à paisana ao local para ajudar a encontrar os restos dos últimos cadáveres, mas estavam avaliando a situação antes de agir.
No entanto, a mobilização de uma missão policial internacional precisa ser ratificada pelo Parlamento ucraniano.
Apesar das advertências da Austrália, um casal de australianos, cuja filha viajava no avião derrubado, chegou neste sábado ao local onde a aeronave caiu e depositou um buque de flores sobre a terra queimada, constatou A AFP.
Os últimos dos 227 caixões chegaram neste sábado a Holanda, que realizará a investigação sobre o ocorrido, mas 71 corpos ainda não foram recuperados.
Reunião extraordinária do Parlamento ucraniano
O Parlamento ucraniano se reunirá em sessão especial na quinta-feira para decidir se aceita ou rejeita a renúncia do primeiro-ministro, que provocou uma crise política, indicou a presidência neste sábado. Esta sessão parlamentar especial também examinará a investigação dirigida pela Holanda sobre o caso do avião da Malaysia Airlines, derrubado por um míssil em uma zona controlada pelos insurgentes pró-russos no leste da Ucrânia, acrescentou a presidência.
No entanto, os insurgentes pró-russos, energicamente criticados no mundo por sua gestão do local e pelo tratamento reservado aos corpos, já afirmaram aos inspetores da OSCE que não aceitarão a presença no local de mais de 35 estrangeiros. Em terra, os combates prosseguiam em Donetsk e Lugansk, duas capitais regionais e redutos dos rebeldes.
Fortes explosões foram ouvidas nas últimas 24 horas nos confrontos em Lugansk, segundo as autoridades municipais. As forças ucranianas anunciaram ter perdido quatro homens e nove civis também morreram.
As autoridades anunciaram que um foguete antitanque foi disparado contra a casa do prefeito de Lviv, Andri Sadovyi, uma figura importante da contestação pró-europeia e contra o regime do presidente pró-russo Viktor Yanukovytch, destituído em fevereiro. A casa estava vazia naquele momento, já que o prefeito estava de férias com sua família.
Por último, um jornalista freelance ucraniano detido por separatistas pró-russos quando trabalhava para a CNN foi libertado, anunciou a rede americana neste sábado. Mais de 1.000 pessoas morreram no leste da Ucrânia desde o início das hostilidades, em abril, incluindo os passageiros e tripulantes do avião da Malaysia Airlines.
Cerca de 230.000 pessoas fugiram de seus lares, 100.000 deslocados encontram-se na Ucrânia e outros 130.000 fugiram para a Rússia, segundo o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados.
Jornalistas da AFP viram na sexta-feira o pedaço de um corpo em um campo de girassol assinalado com um tecido branco atado um pau, e outro pedaço de um ser humano no local principal da catástrofe. "Está claro que ainda há restos de cadáveres que não foram descobertos no local", destacou Abbott. A Austrália planeja enviar à região cerca de 200 homens, sobretudo policiais, e um número indeterminado de soldados.
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Quarenta gendarmes e 20 policiais holandeses desarmados chegaram com grande discrição a Kharkiv (leste da Ucrânia) na noite de sexta-feira e planejavam se dirigir à paisana ao local para ajudar a encontrar os restos dos últimos cadáveres, mas estavam avaliando a situação antes de agir.
No entanto, a mobilização de uma missão policial internacional precisa ser ratificada pelo Parlamento ucraniano.
Apesar das advertências da Austrália, um casal de australianos, cuja filha viajava no avião derrubado, chegou neste sábado ao local onde a aeronave caiu e depositou um buque de flores sobre a terra queimada, constatou A AFP.
Os últimos dos 227 caixões chegaram neste sábado a Holanda, que realizará a investigação sobre o ocorrido, mas 71 corpos ainda não foram recuperados.
Reunião extraordinária do Parlamento ucraniano
O Parlamento ucraniano se reunirá em sessão especial na quinta-feira para decidir se aceita ou rejeita a renúncia do primeiro-ministro, que provocou uma crise política, indicou a presidência neste sábado. Esta sessão parlamentar especial também examinará a investigação dirigida pela Holanda sobre o caso do avião da Malaysia Airlines, derrubado por um míssil em uma zona controlada pelos insurgentes pró-russos no leste da Ucrânia, acrescentou a presidência.
No entanto, os insurgentes pró-russos, energicamente criticados no mundo por sua gestão do local e pelo tratamento reservado aos corpos, já afirmaram aos inspetores da OSCE que não aceitarão a presença no local de mais de 35 estrangeiros. Em terra, os combates prosseguiam em Donetsk e Lugansk, duas capitais regionais e redutos dos rebeldes.
Fortes explosões foram ouvidas nas últimas 24 horas nos confrontos em Lugansk, segundo as autoridades municipais. As forças ucranianas anunciaram ter perdido quatro homens e nove civis também morreram.
As autoridades anunciaram que um foguete antitanque foi disparado contra a casa do prefeito de Lviv, Andri Sadovyi, uma figura importante da contestação pró-europeia e contra o regime do presidente pró-russo Viktor Yanukovytch, destituído em fevereiro. A casa estava vazia naquele momento, já que o prefeito estava de férias com sua família.
Por último, um jornalista freelance ucraniano detido por separatistas pró-russos quando trabalhava para a CNN foi libertado, anunciou a rede americana neste sábado. Mais de 1.000 pessoas morreram no leste da Ucrânia desde o início das hostilidades, em abril, incluindo os passageiros e tripulantes do avião da Malaysia Airlines.
Cerca de 230.000 pessoas fugiram de seus lares, 100.000 deslocados encontram-se na Ucrânia e outros 130.000 fugiram para a Rússia, segundo o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados.