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Hamas aceita proposta da ONU de trégua humanitária de 24 horas em Gaza

Pouco antes deste anúncio, o exército israelense havia colocado fim à trégua humanitária que mantinha desde sábado e retomou suas operações em Gaza em resposta aos 'tiros incessantes de foguetes por parte do Hamas'



[SAIBAMAIS]Estes países tentavam encontrar uma forma de colocar fim a 20 dias de violência dentro e nos arredores do enclave palestino que custou a vida de mais de 1.000 palestinos, em sua maioria civis, e de mais de quarenta israelenses, principalmente militares.

Graças a uma decisão do gabinete de segurança israelense de prolongar a pausa nos combates durante 24 horas, em conformidade com um pedido das Nações Unidas, os habitantes de Gaza tiveram sua primeira noite tranquila em três semanas.

Mas a decisão israelense não havia sido apoiada pelo Hamas. Este movimento, que controla a Faixa de Gaza, disse inicialmente que não colocaria fim aos seus ataques até que os blindados israelenses se retirassem do enclave palestino.

"Nenhum cessar-fogo humanitário é válido se os tanques israelenses não se retirarem da Faixa de Gaza", havia afirmado o porta-voz do Hamas, Fawzi Barhum.

Trégua tática


Tanto Israel quanto o Hamas respeitaram a trégua de 12 horas no sábado, mas pouco depois militantes do movimento islamita dispararam foguetes e morteiros, um dos quais matou um soldado, indicou o exército.

Os foguetes palestinos prosseguiram durante a noite. Ao menos oito projéteis caíram no sul de Israel, enquanto outros dois foram interceptados, disse o exército, ressaltando que não houve resposta militar do Estado hebreu por 12 horas.

O ministro israelense de Inteligência, Yuval Steinitz, se referiu a uma trégua tática. "Em nível diplomático, aceitando a trégua proposta pela ONU, que foi rejeitada pelo Hamas, nós obtivemos legitimidade para prosseguir com a operação".

"Nós continuaremos respeitando a pausa humanitária. Não ocorreram ataques israelenses, apesar dos foguetes", afirmou uma porta-voz.

Pouco depois, o Estado hebreu informou que retomava suas operações militares.