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Dilma reafirma condenação a uso desproporcional da força por Israel em Gaza

Presidente também manifestou solidariedade à Argentina, que enfrenta um desafio no processo de reestruturação da sua dívida soberana



A presidente manifestou solidariedade à Argentina, que enfrenta um desafio no processo de reestruturação da sua dívida soberana. Segundo Dilma, o processo atinge todo o sistema financeiro internacional.

;O problema que atinge hoje a Argentina é uma ameaça, não só para um país irmão, mas atinge todo o sistema financeiro internacional. Não podemos aceitar que a ação de alguns poucos especuladores coloquem em risco a estabilidade e o bem-estar de países inteiros. Precisamos de regras claras e de um sistema que permita foros imparciais, previsibilidade e, portanto, justiça no processo de reestruturação de dívidas soberanas;, afirmou.

No discurso, a presidenta condenou a escalada da violência no conflito entre Israel e Palestina e defendeu um cessar-fogo imediato e permanente.

;Não podemos aceitar impassíveis a escalada da violência entre Israel e Palestina;, afirmou Dilma, lembrando que, desde o princípio, o Brasil condenou o lançamento de foguetes e morteiros contra Israel e reconheceu o direito israelense de se defender. Ela ressaltou, porém, que é preciso destacar a veemente condenação brasileira ao uso desproporcional da força por Israel na Faixa de Gaza. ;O governo brasileiro reitera seu um chamado a um cessar-fogo imediato, abrangente e permanente entre as partes;, completou.

Dilma considerou positivo o retorno pleno do Paraguai ao Mercosul e destacou a importância de avançar no livre comércio entre os países do bloco. A presidenta enfatizou ainda a importância de valorizar as relações do Mercosul com os países do Caribe e da América Central.

Os cinco presidentes dos países-membros do Mercosul ; Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela ; reuniram-se nesta terça-feira, pela primeira vez no âmbito da Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul, em Caracas. No último encontro, em julho do ano passado, o Paraguai estava suspenso e, no anterior, a Venezuela ainda não havia ingressado no bloco.