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Delegados de região afetada pelo ebola serão examinados para cúpula nos EUA

Organização Mundial da Saúde registrou 1.300 casos, 729 dos quais mortais, no último registro

Washington - Os participantes da cúpula EUA-África, na semana que vem, em Washington, procedentes de países afetados pela epidemia de ebola, serão submetidos a exames médicos em sua chegada aos Estados Unidos, anunciou nesta sexta-feira (1;/8) o presidente americano, Barack Obama.

"As pessoas que vierem desses países e que tiverem até mesmo um risco marginal, ou infinitesimal, de terem sido expostas de alguma forma, nós garantimos que vamos examiná-las quando deixarem o (seu) país", declarou Obama a jornalistas, durante coletiva de imprensa na Casa Branca.

[SAIBAMAIS]Obama afirmou, ainda, que serão feitos "exames adicionais" quando os delegados chegarem aos Estados Unidos para participar do evento inédito. A cúpula começará na segunda-feira, 4 de agosto, e terminará no dia 6.



Até agora, este vírus, que provoca dores, febre, vômitos, diarreia e hemorragias, matou 60% dos infectados desde março. A epidemia atual foi declarada na Guiné, antes de se espalhar para a Libéria e, em seguida, para Serra Leoa, três países vizinhos que totalizavam 1.300 casos, 729 dos quais mortais, segundo o último balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Nesta sexta, os três países anunciaram que vão pôr em quarentena a região fronteiriça comum, onde surgiu o surto atual. A OMS advertiu que a epidemia, para a qual não há vacina, pode se espalhar sem controle, causando perdas humanas "catastróficas".

"Estamos certos de que os procedimentos que estabelecemos são os apropriados", insistiu Obama, que tentou tranquilizar a opinião pública, afirmando que o vírus do Ebola não se transmite com facilidade. "A chave é identificar, pôr em quarentena, isolar aqueles que contraem e nos assegurarmos de que são tomadas as medidas para evitar a transmissão", completou.

Junto com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) e com outras agências sanitárias, o governo americano também planeja aumentar a ajuda no terreno.