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Cristãos iraquianos são obrigados a fugir por violência jihadista

Os deslocados haviam escapado no mês passado de Mossul, a grande cidade do norte do Iraque sob controle desde 10 de junho dos insurgentes sunitas

Kirkuk - Milhares de cristãos iraquianos que já haviam escapado da ofensiva jihadista em Mossul (norte) se viram obrigados a fugir novamente dos jihadistas que atacaram três aldeias onde haviam se refugiado, indicaram nesta quarta-feira (6/8) o patriarca caldeu e testemunhas. Estes deslocados haviam escapado no mês passado de Mossul, a grande cidade do norte do Iraque sob controle desde 10 de junho dos insurgentes sunitas liderados pelos jihadistas radicais do Estado Islâmico (EI), refugiando-se nas aldeias de Tal Kayf, Bartella, Qaraqosh e em outras localidades vizinhas.



"Muitas famílias fugiram nos últimos dias da localidade de Bartella", disse Sako à AFP, acrescentando que a população temia uma grande batalha após a ofensiva jihadista contra Sinjar (150 km a oeste). A queda de Sinjar no domingo nas mãos do EI obrigou 200 mil pessoas a fugir, de acordo com a ONU. O patriarca Sako declarou ter enviado nesta semana uma nova mensagem ao papa Francisco pedindo uma mobilização urgente para proteger uma das comunidades cristãs mais antigas do mundo.