Agência France-Presse
postado em 06/08/2014 17:49
Washington - Chefes de Estado africanos pediram esta semana em Washington mais equipamentos de alta tecnologia, como helicópteros e aviões não tripulados ("drones"), para combater os caçadores ilegais de elefantes e rinocerontes, que vendem as presas e os chifres mais caros do que ouro.
Foram pedidos, em especial, mais helicópteros e aviões não tripulados para proteger as reservas, além de escâneres sofisticados que permitam inspecionar as cargas que escondem as presas de elefantes e chifres de rinoceronte. Em uma cúpula EUA-África realizada esta semana em Washington, os líderes africanos também reconheceram que é fundamental acabar com a demanda desses preciosos troféus, sobretudo na Ásia, para desestimular a caça desses animais em risco de extinção.
"Durante a última década, constatou-se um aumento alarmante de grupos organizados de criminosos violentos, que estão bem equipados e estão se dedicando à caça ilegal de marfim", alertou o presidente Ali Bongo, do Gabão. Em 2013, cerca de 20 mil elefantes foram mortos na África, número maior do que os de nascimentos desses animais, enquanto que 1.004 rinocerontes foram abatidos na África do Sul, na razão de três por dia - afirmou a secretária americana do Interior, Sally Jewell.
"Essa atividade ilegal é enormemente rentável. Gera milhões de dólares em renda por ano, o que alimenta o desenvolvimento de organizações criminosas internacionais e põe em risco décadas de progresso na conservação do continente africano", acrescentou. O tráfico de marfim tem números que surpreendem até mesmo os próprios líderes africanos.
O presidente do Togo, Faure Gnassingbé, disse ter ficado chocado quando soube que, em 2013, a Malásia apreendeu um carregamento proveniente de seu país com mil presas de elefantes. "Isso realmente me surpreendeu, porque não temos tantos elefantes", lamentou. Hoje, o Togo conta com pouco mais de 800 exemplares.
Ásia deve acabar com demanda
O presidente da Tanzânia, Jakaya Kikwete, garantiu que seu país se esforça para aumentar a capacidade dos guarda-florestais de proteger os animais, um trabalho perigoso que implica, inclusive, o risco de serem assassinados pelos contrabandistas. Aumentar a frota de helicópteros e de "drones", assim como o número de efetivos das Forças Armadas que protegem as reservas naturais nacionais, pode fazer a diferença, mas apenas se também forem adotadas medidas para desestimular a demanda de marfim na Ásia, frisou Kikwete.
"Se formos capazes de pôr fim ao mercado de marfim e de chifre de rinoceronte, sem dúvida, poderemos salvar essas espécies", afirmou Kikwete. Trata-se de um grande desafio, contudo, já que os mercados de marfim na China e na Tailândia são prósperos, e o chifre de rinoceronte em pó também é muito apreciado no Vietnã e na China por suas supostas propriedades medicinais.
Foram pedidos, em especial, mais helicópteros e aviões não tripulados para proteger as reservas, além de escâneres sofisticados que permitam inspecionar as cargas que escondem as presas de elefantes e chifres de rinoceronte. Em uma cúpula EUA-África realizada esta semana em Washington, os líderes africanos também reconheceram que é fundamental acabar com a demanda desses preciosos troféus, sobretudo na Ásia, para desestimular a caça desses animais em risco de extinção.
"Durante a última década, constatou-se um aumento alarmante de grupos organizados de criminosos violentos, que estão bem equipados e estão se dedicando à caça ilegal de marfim", alertou o presidente Ali Bongo, do Gabão. Em 2013, cerca de 20 mil elefantes foram mortos na África, número maior do que os de nascimentos desses animais, enquanto que 1.004 rinocerontes foram abatidos na África do Sul, na razão de três por dia - afirmou a secretária americana do Interior, Sally Jewell.
"Essa atividade ilegal é enormemente rentável. Gera milhões de dólares em renda por ano, o que alimenta o desenvolvimento de organizações criminosas internacionais e põe em risco décadas de progresso na conservação do continente africano", acrescentou. O tráfico de marfim tem números que surpreendem até mesmo os próprios líderes africanos.
O presidente do Togo, Faure Gnassingbé, disse ter ficado chocado quando soube que, em 2013, a Malásia apreendeu um carregamento proveniente de seu país com mil presas de elefantes. "Isso realmente me surpreendeu, porque não temos tantos elefantes", lamentou. Hoje, o Togo conta com pouco mais de 800 exemplares.
Ásia deve acabar com demanda
O presidente da Tanzânia, Jakaya Kikwete, garantiu que seu país se esforça para aumentar a capacidade dos guarda-florestais de proteger os animais, um trabalho perigoso que implica, inclusive, o risco de serem assassinados pelos contrabandistas. Aumentar a frota de helicópteros e de "drones", assim como o número de efetivos das Forças Armadas que protegem as reservas naturais nacionais, pode fazer a diferença, mas apenas se também forem adotadas medidas para desestimular a demanda de marfim na Ásia, frisou Kikwete.
"Se formos capazes de pôr fim ao mercado de marfim e de chifre de rinoceronte, sem dúvida, poderemos salvar essas espécies", afirmou Kikwete. Trata-se de um grande desafio, contudo, já que os mercados de marfim na China e na Tailândia são prósperos, e o chifre de rinoceronte em pó também é muito apreciado no Vietnã e na China por suas supostas propriedades medicinais.