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Gaza: noiva de George Clooney integra grupo da ONU sobre direitos humanos

Advogada internacional formada em Oxford, Amal Allamudin trabalhou na Corte Internacional de Justiça em 2004

Agência France-Presse
postado em 11/08/2014 17:47
Amal, de 36 anos, nasceu no Líbano e emigrou para a Grã-Bretanha com sua família, aos três anos
Genebra -
A advogada de origem anglo-libanesa Amal Alamuddin, noiva do ator americano George Clooney, foi nomeada nesta segunda-feira (11/8) membro da Comissão de Investigação do Conselho de Direitos Humanos da ONU sobre as violações de leis humanitárias nas operações militares em Gaza e nos territórios ocupados.

Em uma nota divulgada em Genebra, o presidente do Conselho de Direitos Humanos, o gabonês Baudelaire Ndong Ella, anunciou a nomeação de Amal Alamuddin, do ex-relator especial da ONU Doudou Di;ne (do Senegal) e do canadense William Schabas, que ensina Direito Internacional em Londres. Os três integrarão a comissão.

Amal, de 36 anos, nasceu no Líbano e emigrou para a Grã-Bretanha com sua família, aos três anos, quando o país estava mergulhado na guerra civil (1975-1990). Em abril passado, a revista "People" revelou seu noivado com o astro George Clooney.



Advogada internacional formada em Oxford, Amal Allamudin trabalhou na Corte Internacional de Justiça em 2004 e também foi conselheira do procurador do Tribunal Especial para o Líbano, acrescentou o comunicado.

Essa Comissão de Investigação foi instalada por uma resolução do Conselho de 23 de julho para investigar eventuais violações do Direito Internacional Humanitário nas operações militares iniciadas em 13 de junho passado. Outro objetivo é identificar os possíveis responsáveis.

Israel classificou a decisão do Conselho de "paródia".

"O Conselho deveria lançar uma investigação sobre a decisão do Hamas de transformar os hospitais em centros de comando militares, de usar as escolas como depósitos de armas e colocar baterias de mísseis ao lado de parques infantis, casas privadas e mesquitas", criticou o governo israelense, em um comunicado divulgado pela assessoria do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

A resolução foi apresentada pela Palestina e adotada por 29 votos a favor, um contra (os Estados Unidos) e 17 abstenções. A votação acontece em uma sessão extraordinária do Conselho convocada pelos países árabes e apoiada pela Rússia para exigir o respeito ao Direito Internacional nos territórios palestinos ocupados.

A Comissão de Investigação deverá apresentar um relatório em março de 2015. O Conselho também deve abordar o assunto em sua próxima sessão em setembro.

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