Agência France-Presse
postado em 18/08/2014 18:23
Washington - A caça ilegal de elefantes na África pode ser pior do que se estimava nos últimos anos, o que estaria colocando em sério risco o futuro desse animal no Continente Negro - alertou um novo informe, publicado nesta segunda-feira (18/8).
Pesquisadores da Reserva Natural Samburu do Quênia elaboraram um novo modelo de todo o continente, que permitiu detectar um aumento no número de elefantes mortos.
O trabalho, publicado pela Academia Americana de Ciência (PNAS, na sigla em inglês), destaca que as populações desse mamífero estão caindo a um ritmo de 2% ao ano, um declínio que supera sua capacidade de reprodução.
"Basicamente, isso significa que estamos começando a perder a espécie", alertou o autor encarregado do estudo, George Wittemyer, professor assistente no Departamento de Pesca, Vida Selvagem e Biologia da Conservação da Universidade do Estado do Colorado, nos Estados Unidos.
Embora a quantidade de elefantes vivendo na natureza seja difícil de estimar, o Fundo Mundial para a Natureza (WWF, na sigla em inglês), avalia que existam entre 470 mil e 690 mil destes animais no continente africano.
O estudo aponta que, com relação à população existente destes animais na África, a taxa anual de elefantes caçados ilegalmente entre 2010 e 2012 foi de 6,8%, o que representa um total de 33.630 animais mortos pelas mãos de caçadores ilegais nestes três anos.
Embora a caça tenha diminuído sutilmente em 2012, as cifras ainda são muito altas, o que dá lugar a um declínio nas populações de 2% a 3% ao ano, após se levar em conta as taxas de reprodução.
África Central, Tanzânia e Moçambique são as regiões mais afetadas pela caça ilegal, afirmaram os autores do estudo. Apenas na África Central, as populações de elefantes diminuíram 63,7% entre 2002 e 2012.
De acordo com o informe, a caça ilegal aumenta, sobretudo, quando o preço do marfim alcança US$ 30 o quilo. "Atualmente, é de US$ 150, e a caça ilegal se torna um grande problema", destacou Wittemyer.
"Nossas análises mostram um elevado preço no comércio ilegal de marfim pago pelos elefantes da África e sugerem que a taxa de caça atual é superior à capacidade estimada de reprodução da espécie", alertaram os autores do trabalho.
Um dos fatores que explica, em parte, o aumento da caça é seu elevado preço em países como a China, onde triplicou entre 2010 e 2014, passando de US$ 750 para US$ 2.100 o quilo, segundo dados da organização Save the Elephants (Salvem os Elefantes).
No começo do século XX, 20 milhões de elefantes foram contabilizados na África, mas seu número caiu para apenas 1,2 milhão em 1980. Apesar de a caça da espécie ter sido proibida em 1989, atualmente, restam apenas 500.000 desses animais, apontam números da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies em Risco de Extinção (CITES).
Pesquisadores da Reserva Natural Samburu do Quênia elaboraram um novo modelo de todo o continente, que permitiu detectar um aumento no número de elefantes mortos.
O trabalho, publicado pela Academia Americana de Ciência (PNAS, na sigla em inglês), destaca que as populações desse mamífero estão caindo a um ritmo de 2% ao ano, um declínio que supera sua capacidade de reprodução.
"Basicamente, isso significa que estamos começando a perder a espécie", alertou o autor encarregado do estudo, George Wittemyer, professor assistente no Departamento de Pesca, Vida Selvagem e Biologia da Conservação da Universidade do Estado do Colorado, nos Estados Unidos.
Embora a quantidade de elefantes vivendo na natureza seja difícil de estimar, o Fundo Mundial para a Natureza (WWF, na sigla em inglês), avalia que existam entre 470 mil e 690 mil destes animais no continente africano.
O estudo aponta que, com relação à população existente destes animais na África, a taxa anual de elefantes caçados ilegalmente entre 2010 e 2012 foi de 6,8%, o que representa um total de 33.630 animais mortos pelas mãos de caçadores ilegais nestes três anos.
Embora a caça tenha diminuído sutilmente em 2012, as cifras ainda são muito altas, o que dá lugar a um declínio nas populações de 2% a 3% ao ano, após se levar em conta as taxas de reprodução.
África Central, Tanzânia e Moçambique são as regiões mais afetadas pela caça ilegal, afirmaram os autores do estudo. Apenas na África Central, as populações de elefantes diminuíram 63,7% entre 2002 e 2012.
De acordo com o informe, a caça ilegal aumenta, sobretudo, quando o preço do marfim alcança US$ 30 o quilo. "Atualmente, é de US$ 150, e a caça ilegal se torna um grande problema", destacou Wittemyer.
"Nossas análises mostram um elevado preço no comércio ilegal de marfim pago pelos elefantes da África e sugerem que a taxa de caça atual é superior à capacidade estimada de reprodução da espécie", alertaram os autores do trabalho.
Um dos fatores que explica, em parte, o aumento da caça é seu elevado preço em países como a China, onde triplicou entre 2010 e 2014, passando de US$ 750 para US$ 2.100 o quilo, segundo dados da organização Save the Elephants (Salvem os Elefantes).
No começo do século XX, 20 milhões de elefantes foram contabilizados na África, mas seu número caiu para apenas 1,2 milhão em 1980. Apesar de a caça da espécie ter sido proibida em 1989, atualmente, restam apenas 500.000 desses animais, apontam números da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies em Risco de Extinção (CITES).