Mundo

Opositor paquistanês Imran Khan anuncia boicote ao Parlamento

O anúncio foi feito no momento em que o governo tenta buscar um diálogo com Khan e seu aliado, o líder político-religioso Tahir ul-Qadri

Agência France-Presse
postado em 18/08/2014 22:02
Islamabad - O partido opositor paquistanês PTI, liderado pelo ex-esportista Imran Khan, abandonará o Parlamento em bloco, depois de convocar "desobediência civil" para pressionar a saída do primeiro-ministro Nawaz Sharif do poder - informou um funcionário de alto escalão desse grupo, nesta segunda-feira.

O anúncio foi feito no momento em que o governo tenta buscar um diálogo com Khan e seu aliado, o líder político-religioso Tahir ul-Qadri, para acabar com os protestos que paralisam Islamabad desde sexta à noite. A ex-estrela de críquete acusa o governo de fraude eleitoral e conclamou seus seguidores à "desobediência civil" e a deixarem de pagar impostos e contas de luz. No domingo, Khan e Ul-Qadri se reuniram com milhares de manifestantes em Islamabad.

Khan e Tahir ul-Qadri reivindicam a renúncia de Sharif, cuja legitimidade ambos questionam. ,Nesta segunda, Imran Khan deu um passo a mais ao anunciar sua intenção de "conduzir" seus seguidores para a "Zona Vermelha", na terça-feira, onde fica a sede do Governo protegida pela polícia no centro de Islamabad.

Leia mais notícias em Mundo

[SAIBAMAIS]O Partido da Justiça (PTI, na sigla em hindi) é a terceira formação do Parlamento nacional paquistanês e também tem cadeiras nas assembleias dos estados de Punjab, Baluchistão e Sindh. Todas essas vagas serão abandonadas pelos deputados, informou o vice-presidente do PTI, Shah Mehmood Qreshi. O PTI também governa a província de Khyber-Pakhtunkhwa, no norte, mas o partido ainda não decidiu o que vai fazer nesse caso, acrescentou Qreshi.

Milhares de pessoas convocadas por Khan e Ul-Qadri foram às ruas de Islamabad no domingo para pedir a renúncia do premiê. O primeiro-ministro chegou ao poder em maio de 2013, à frente de um governo com maioria. A passeata não reuniu a multidão esperada pelas lideranças da oposição, que haviam prometido um "tsunami" pacífico na capital.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação