postado em 20/08/2014 21:26
O braço armado do movimento palestino Hamas afirmou hoje (20/8) que as negociações para um cessar-fogo entre israelenses e palestinos terminaram após um ataque aéreo israelenses que matou a mulher e o filho do chefe do grupo militar Brigadas Ezzedine Al Qassam, Mohammed Deif.;Apelamos à delegação palestina para sair imediatamente de Cairo [palco de negociações indiretas promovidas pelas autoridades egípcias] e não regressar;, disse o porta-voz das Brigadas Ezzedine Al Qassam, Abu Obeida, em uma transmissão da televisão Al Aqsa TV, que tem ligações com o Hamas. ;Uma iniciativa [para um cessar-fogo] surgiu como um natimorto e foi enterrada com o mártir Ali Deif", filho de Mohammed Deif.
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[SAIBAMAIS]A segunda mulher do líder militar do Hamas, Widad, de 27 anos, e o seu filho de 7 meses, Ali, morreram na noite de terça-feira (19/8) em um ataque aéreo que destruiu um edifício de seis andares no bairro Sheikh Radwan na cidade de Gaza. Nesta quarta-feira, o movimento islâmico palestino Hamas confirmou que o líder militar está vivo. Nos ataques israelenses feitos ontem, 18 pessoas morreram e 120 ficaram feridas. Durante o conflito na Faixa de Gaza, morreram 2.030 palestinos e 10.300 foram feridos. Do lado israelense, desde o início da ofensiva em 8 de julho, morreram 67 pessoas (64 soldados e três civis).
Na transmissão na Al Aqsa TV, o porta-voz do braço armado do Hamas lançou um aviso para as companhias aéreas internacionais que queiram utilizar o aeroporto israelense de Tel Aviv a partir de amanhã.
;Alertamos as companhias aéreas internacionais e incentivamos as companhias que deixem de entrar no Aeroporto Ben Gurion a partir das 6h [meia-noite em Brasília] de quinta-feira;, alertou o representante. O porta-voz não deu mais pormenores sobre o aviso, mas o aeroporto de Tel Aviv tem sido alvo de tiros de foguetes disparados da Faixa de Gaza.
As tréguas respeitadas desde 11 de agosto entre o Hamas e Israel foram violadas na terça-feira quando foram disparados foguetes do território palestino atingindo o Sul de Israel, o que levou os israelenses a responderem com novos ataques, que acabaram por interromper as negociações entre as duas partes que estavam sendo promovidos pelo governo do Cairo.