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Justiça confirma governador de Jacarta como novo presidente da Indonésia

Decisão da corte, que não é passível de recurso, confirma os resultados oficiais da comissão eleitoral

Agência France-Presse
postado em 21/08/2014 13:52

Jokowi, de 53 anos, vai suceder em outubro o chefe de Estado em fim de mandato

Jacarta - O Tribunal Constitucional da Indonésia confirmou nesta quinta-feira (21/8) a vitória do governador de Jacarta, Joko Widodo, na eleição presidencial de julho e rejeitou o recurso apresentado por seu rival, fechando um capítulo de duas semanas de incerteza política.

Depois de ler a decisão durante mais de seis horas, o presidente do Tribunal Constitucional, Hamdan Zoelva, anunciou que a corte havia rejeitado integralmente o recurso apresentado pelo ex-general Prabowo Subianto, que acusava o campo contrário de fraudes massivas.

A decisão da corte, que não é passível de recurso, confirma os resultados oficiais da comissão eleitoral. Com isso, o governador de Jacarta, o reformista Joko Widodo, ganhou a eleição presidencial de 9 de julho com 53,15% dos votos. Prabowo recebeu 46,85%.

Antes do veredito, a polícia dispersou um protesto de seguidores de Prawobo com bombas de gás lacrimogêneo e canhões d;água. Alguns tentaram romper o cordão de isolamento que impedia o acesso ao tribunal, no centro de Jacarta.

Apesar da polêmica, os analistas consideram que essa eleição está entre as mais livres e limpas da história do país.

[SAIBAMAIS]A eleição presidencial de 9 de julho foi a mais disputada desde a transição democrática na Indonésia após a queda do ditador Suharto (no poder entre 1967 e 1998), marcada por uma onda de violência que deixou dezenas de mortos.



A eleição de Jokowi, um ex-vendedor de móveis e sem qualquer vínculo com o regime autocrático do passado, marca o advento de uma nova geração de políticos no maior país muçulmano do mundo, com quase 250 milhões de habitantes.

Jokowi, de 53 anos, que vai suceder em outubro o chefe de Estado em fim de mandato, o ex-general Susilo Bambang Yudhoyono, e se comprometeu a manter as reformas democráticas da era pós-Suharto.

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