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Estados Unidos prometem linha dura contra jihadistas, apesar de ameaças

Washington e vários aliados europeus optaram por entregar armas às forças curdas do Iraque que lutam contra o Estado Islâmico

Bagdá - Os Estrados Unidos prometem uma linha dura contra os jihadistas e continuarão atacando-os por ar no Iraque, apesar da ameaça do Estado Islâmico de executar outro refém americano depois do jornalista James Foley. A ONU se somou à pressão criticando nesta sexta-feira (22/8) através de sua Alta Comissária para os Direitos Humanos, Navi Pillay, a paralisia da comunidade internacional, que, segundo ela, está dando asas "aos assassinos, destruidores e torturadores na Síria e no Iraque".



[SAIBAMAIS]O EI é mais "sofisticado e mais bem financiado que qualquer outro grupo que tenhamos conhecido. Vai mais além que qualquer outro grupo terrorista", declarou na quinta-feira o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel. Agora, o EI ameaça matar um segundo refém americano, Steven Sotloff, também jornalista, se as operações aéreas do exército americano no Iraque prosseguirem.

Luta contra os jihadistas na Síria

No entanto, para derrotar este grupo sunita radical que proclamou o califado nos territórios sob seu controle no Iraque e na Síria, será preciso atacá-lo nos dois países, segundo o chefe do Estado-Maior americano, o general Martin Dempsey. "Isso será possível quando tivermos uma coalizão capaz de derrotar o Estado Islâmico", segundo o general Dempsey.

Na quarta-feira, Obama convocou "os governos e os povos do Oriente Médio" a ajudar Washington contra o EI. No norte da Síria, precisamente, 70 jihadistas morreram desde quarta-feira em combates contra o exército do regime de Bashar al-Assad, sancionado por Washington e pela UE por sua repressão implacável da oposição desde o início da guerra civil em 2011.

Na quinta-feira, os Estados Unidos mantiveram a pressão sobre os jihadistas com seis novos ataques aéreos contra suas posições no Iraque, perto da represa de Mossul. Desde o inicio da campanha aérea, no dia 8 de agosto, Washington realizou 90 ataques. Por sua vez, o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados prossegue com sua operação logística em massa para garantir a entrega de ajuda no norte do Iraque a meio milhão de pessoas que fugiram do EI, em sua maioria cristãos e yazidis.