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Reino Unido descarta colaborar com Assad para frear Estado Islâmico

Países do ocidente exigiram que o presidente sírio abandone o poder e abra um processo de transição democrática depois de quase 45 anos de governo ditatorial de sua família

Londres - O chanceler britânico Philip Hammond afirmou nesta sexta-feira (22/8) que seu governo não recorrerá ao presidente sírio Bashar al-Assad para frear a organização Estado Islâmico, um inimigo comum. A aliança com o regime sírio não seria "prática, prudente ou útil", afirmou Hammond à BBC, em resposta às declarações do antigo chefe do Estado-Maior britânico, Richard Dannatt, reclamando essa cooperação.

[SAIBAMAIS]"Pode ser que acabemos, em alguns ocasiões, combatendo as mesmas pessoas, mas isso não nos converte em aliados", acrescentou Hammond. "Uma das primeiras coisas que se aprende no Oriente Médio é que o inimigo de meu inimigo não é meu amigo", enfatizou.



Reino Unido, Estados Unidos e França, entre outros, exigiram que Assad abandone o poder e abra um processo de transição democrática depois de quase 45 anos de governo ditatorial de sua família, e depois de três anos de uma guerra civil que já custou a vida de 190 mil pessoas.

No entanto, a decapitação do jornalista americano Jim Foley pelo Estado Islâmico e o avanço no Iraque desta organização jihadista que começou operando na Síria contra o regime Assad fez com que muitas pessoas passassem a falar de uma colaboração com um objetivo comum de deter os radicais.