Agência France-Presse
postado em 25/08/2014 18:22
Berlim - O alemão Marcus Urban, um dos primeiros jogadores profissionais da história a ter assumido publicamente sua homossexualidade, pretende montar uma seleção de profissionais gays e simpatizantes para organizar uma partida contra um clube da Bundesliga. "Existem jogadores homossexuais na Bundesliga, o problema é que estão como medo, e com razão", disse à AFP o ex-atleta, que atuou no Campeonato da Alemanha Oriental na década de 80.
"Há anos que pensamos que jogadores prefeririam revelar (sua homossexualidade) dentro de um grupo, que seria mais fácil agir em conjunto. Não havia oportunidades e ninguém se animava a criá-las. Então pensamos: vamos fazer isso, criar uma oportunidade", explicou. Autor de uma autobiografia que virou best-seller na Alemanha, "Versteckspieler" (jogador escondido, em tradução livre), publicado em 2008, Urban é o porta-voz da Associação para a diversidade no esporte e na sociedade, com a qual lançou a ideia da "Team Vielfalt", a seleção da diversidade.
O site da associação pública um quadro com a escalação e desenhos de camisas para cada posição. Cada vez que um jogador aceita fazer parte da seleção, a camisa fica branca. Atletas heterossexuais que apoiam a equipe também podem fazer parte do projeto.
Apoio do St Pauli
Nesta segunda-feira, o quadro tinha dois jogadores ;escalados;, "um homossexual e outro heterossexual", revelou Urban. A ideia é que todos os participantes mantenham o anonimato até que a seleção completa seja divulgada. "Quando teremos uma equipe pronta, à qual podemos somar reservas e técnicos, buscaremos uma data para a partida", afirma o ex-jogador, que hoje tem 43 anos.
Apesar de torcer para contar com o máximo de jogadores "o mais rápido possível", Urban acredita que precisará de um ano para completar a equipe. A associação já recebeu o apoio de um clube profissional, o FC St Pauli, da segunda divisão, time de Hamburgo que sempre se destacou pelo espírito revolucionário e as posições progressistas.
"Ainda é o início do projeto. Ainda não conversamos com muitos clubes. Os clubes estrangeiros nos interessam também, pode ser o Paris Saint-Germain, o Bordeaux, o Lyon, o Barcelona ou o Manchester United, estamos muito abertos", avisa o alemão, que também espera contar com o apoio da federação de futebol do seu país.
"O mundo do futebol profissional está pronto porque muitas coisas aconteceram nos últimos anos", completou. Thomas Hitzlsperger, ex-capitão da seleção alemã, ;saiu do armário; no fim do ano passado. Atletas de ponta também assumiram a homossexualidade recentemente nos Estados Unidos, como Jason Collins, na NBA, ou Michael Sam, na NFL.
Existe um projeto semelhante ao de Urban na França, o Paris Foot Gay, equipe que reúne celebridades para disputar amistosos e promover ações contra a homofobia.
"Há anos que pensamos que jogadores prefeririam revelar (sua homossexualidade) dentro de um grupo, que seria mais fácil agir em conjunto. Não havia oportunidades e ninguém se animava a criá-las. Então pensamos: vamos fazer isso, criar uma oportunidade", explicou. Autor de uma autobiografia que virou best-seller na Alemanha, "Versteckspieler" (jogador escondido, em tradução livre), publicado em 2008, Urban é o porta-voz da Associação para a diversidade no esporte e na sociedade, com a qual lançou a ideia da "Team Vielfalt", a seleção da diversidade.
O site da associação pública um quadro com a escalação e desenhos de camisas para cada posição. Cada vez que um jogador aceita fazer parte da seleção, a camisa fica branca. Atletas heterossexuais que apoiam a equipe também podem fazer parte do projeto.
Apoio do St Pauli
Nesta segunda-feira, o quadro tinha dois jogadores ;escalados;, "um homossexual e outro heterossexual", revelou Urban. A ideia é que todos os participantes mantenham o anonimato até que a seleção completa seja divulgada. "Quando teremos uma equipe pronta, à qual podemos somar reservas e técnicos, buscaremos uma data para a partida", afirma o ex-jogador, que hoje tem 43 anos.
Apesar de torcer para contar com o máximo de jogadores "o mais rápido possível", Urban acredita que precisará de um ano para completar a equipe. A associação já recebeu o apoio de um clube profissional, o FC St Pauli, da segunda divisão, time de Hamburgo que sempre se destacou pelo espírito revolucionário e as posições progressistas.
"Ainda é o início do projeto. Ainda não conversamos com muitos clubes. Os clubes estrangeiros nos interessam também, pode ser o Paris Saint-Germain, o Bordeaux, o Lyon, o Barcelona ou o Manchester United, estamos muito abertos", avisa o alemão, que também espera contar com o apoio da federação de futebol do seu país.
"O mundo do futebol profissional está pronto porque muitas coisas aconteceram nos últimos anos", completou. Thomas Hitzlsperger, ex-capitão da seleção alemã, ;saiu do armário; no fim do ano passado. Atletas de ponta também assumiram a homossexualidade recentemente nos Estados Unidos, como Jason Collins, na NBA, ou Michael Sam, na NFL.
Existe um projeto semelhante ao de Urban na França, o Paris Foot Gay, equipe que reúne celebridades para disputar amistosos e promover ações contra a homofobia.