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ONU acusa EI de executar regularmente civis em público na Síria

As execuções sumárias têm o objetivo de "instilar o terror na população" assegurar a submissão desta, segundo o relatório



O documento afirma ainda que os jihadistas estimulam e, às vezes, obrigam a população a assistir as execuções. A maioria das vítimas é de homens adultos, mas a comissão afirma que jovens com idades entre 15 e 17 anos e mulheres também foram executadas.

A comissão que elaborou o relatório recebeu mandato do Conselho de Direitos Humanos da ONU para investigar e revelar as violações ao direito internacional no campo dos direitos humanos na Síria. No texto, os investigadores acusam novamente o governo de Damasco de cometer crimes contra a humanidade e crimes de guerra.

A comissão suspeita que o governo lançou barris de explosivos com cloro em Kafr Zeita, Al-Tamana e Tal Minnis, oeste do país. "Há motivos razoáveis para pensar que utilizaram armas químicas, provavelmente cloro, oito vezes em um período de 10 dez dias no mês de abril", afirma a comissão.

O regime do presidente sírio Bashar al-Assad e os rebeldes trocam acusações de uso de agentes químicos, entre eles o cloro, desde o início do violento conflito, em março de 2011.