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Mãe de refém americano pede que califa do EI perdoe vida do filho

Steven Sotloff apareceu no vídeo em que o jornalista James Foley foi brutalmente assassinado



Abu Bakr al-Bagdadi, que se autoproclamou califa do território conquistado pelo EI na Síria e no Iraque, convocou todos os muçulmanos a obedecerem suas ordens, embora até o momento sua autoridade não seja reconhecida fora do Estado Islâmico.

A questão dos reféns americanos no Iraque e na Síria voltou a ser discutida após a execução de Foley.

Washington não fornece números oficiais sobre a quantidade de sequestros, que, em muitos casos, não são apresentados pela imprensa como medida de segurança, a pedido dos familiares.

Refém libertado


No domingo passado, outro jornalista americano, Peter Curtis, foi libertado depois de permanecer por quase dois anos sequestrado na Síria por um grupo vinculado à rede terrorista Al-Qaeda conhecido como Frente Al-Nosra.

De volta a sua casa em Cambridge (Massachusetts, nordeste dos Estados Unidos), Curtis afirmou nesta quarta-feira que estava profundamente emocionado com os esforços feitos por centenas de pessoas para salvar sua vida.

"Soube pouco a pouco que existiam literalmente centenas de pessoas valentes, pessoas decididas e de bom coração, trabalhando em todo o mundo por minha libertação. Trabalharam durante dois anos nisso. Não tinha ideia disso quando estava na prisão. Não tinha ideia de que estavam fazendo tanto esforço por mim", disse.

"Estou emocionado por outra coisa: porque pessoas completamente desconhecidas se aproximam de mim e dizem: ;Estamos felizes por você estar em casa. Bem-vindo;. A todas essas pessoas, um enorme obrigado do fundo do meu coração", acrescentou.

Curtis foi capturado pouco depois de ter entrado na Síria, em outubro de 2012, e foi libertado depois que as autoridades do Catar negociaram com os milicianos da frente Al-Nosra.

Segundo a família de Curtis, o governo do Catar garantiu que não pagou resgate para libertá-lo.

Os Estados Unidos mantêm uma política de não pagar para libertar seus cidadãos sequestrados, explicando que isso pode colocar em risco americanos no mundo inteiro.

Matt Schrier, um americano que esteve sequestrado com Curtis e conseguiu escapar no ano passado, contou em uma entrevista à televisão as torturas sofridas por ambos e como conseguiu fugir deixando para trás seu companheiro de cela, que não conseguiu passar através de uma janela.