Agência France-Presse
postado em 27/08/2014 19:04
Pela primeira vez na história do Chile, um país conservador, um membro das Forças Armadas revelou sua homossexualidade publicamente, nesta quarta-feira (27/8): "não há nada melhor do que ser você mesmo", desabafou Mauricio Ruiz, de 24 anos, em uma entrevista coletiva.
Oficial da Marinha chilena, Ruiz decidiu falar com seus superiores sobre sua opção sexual "por respeito por mim mesmo" e para não precisar levar uma vida dupla. Com isso, Mauricio Ruiz se torna a primeira pessoa no Chile a "sair do armário" em uma instituição tradicional como a Marinha, onde episódios de discriminação já foram registrados.
"Para mim, é muito importante dar esse passo, porque estar reprimido é não aceitar o que sou, e isso me faz infeliz", afirmou. "Eu me dei conta de que muitos militares não apoiam a homossexualidade não porque sejam contra, mas porque o grupo social, em conjunto, decidiu que a homossexualidade é um problema e se decidiu alijá-la", acrescentou.
O anúncio foi comemorado pelas organizações de defesa dos direitos gays no Chile, um dos últimos países a aprovar o divórcio - apenas em 2004 -, e onde ainda se discute uma lei de união civil para casais de mesmo sexo. "Não foi muito fácil dar esse passo", desabafou, acrescentando que se surpreendeu por não ter sido "tão criticado" quanto esperava.
As Forças Armadas se abriram, recentemente, para trabalhar com grupos de minorias sexuais para melhorar sua inclusão nas fileiras militares e autorizaram Ruiz a dar seu testemunho nesta quarta. "Ele tomou uma decisão pioneira, próprio dos homens corajosos que dão o primeiro passo", elogiou o porta-voz do Movimento de Integração e Liberação Homossexual (Movilh) chileno, Oscar Rementeria.
Oficial da Marinha chilena, Ruiz decidiu falar com seus superiores sobre sua opção sexual "por respeito por mim mesmo" e para não precisar levar uma vida dupla. Com isso, Mauricio Ruiz se torna a primeira pessoa no Chile a "sair do armário" em uma instituição tradicional como a Marinha, onde episódios de discriminação já foram registrados.
"Para mim, é muito importante dar esse passo, porque estar reprimido é não aceitar o que sou, e isso me faz infeliz", afirmou. "Eu me dei conta de que muitos militares não apoiam a homossexualidade não porque sejam contra, mas porque o grupo social, em conjunto, decidiu que a homossexualidade é um problema e se decidiu alijá-la", acrescentou.
O anúncio foi comemorado pelas organizações de defesa dos direitos gays no Chile, um dos últimos países a aprovar o divórcio - apenas em 2004 -, e onde ainda se discute uma lei de união civil para casais de mesmo sexo. "Não foi muito fácil dar esse passo", desabafou, acrescentando que se surpreendeu por não ter sido "tão criticado" quanto esperava.
As Forças Armadas se abriram, recentemente, para trabalhar com grupos de minorias sexuais para melhorar sua inclusão nas fileiras militares e autorizaram Ruiz a dar seu testemunho nesta quarta. "Ele tomou uma decisão pioneira, próprio dos homens corajosos que dão o primeiro passo", elogiou o porta-voz do Movimento de Integração e Liberação Homossexual (Movilh) chileno, Oscar Rementeria.