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EUA dizem que Rússia deve 'parar de mentir e alimentar conflito'

Aos 15 países membros do Conselho, reunidos para discutir a crise ucraniana, a embaixadora leu uma extensa lista de indícios que provam o envolvimento direto das forças russas ao lado dos separatistas pró-russos

Agência France-Presse
postado em 28/08/2014 16:11
Nova York - A embaixadora americana na ONU, Samantha Power, declarou nesta quinta-feira (28/8) no Conselho de Segurança que a Rússia "deve parar de mentir e de alimentar" a crescente instabilidade no leste da Ucrânia. Aos 15 países membros do Conselho, reunidos para discutir a crise ucraniana, a embaixadora leu uma extensa lista de indícios que provam o envolvimento direto das forças russas ao lado dos separatistas pró-Moscou, afirmando que "frente a essa ameaça, não agir pode custar caro demais".

[SAIBAMAIS]Segundo ela, a Rússia finge não ouvir as advertências dos países ocidentais em relação à Ucrânia. "Como dizer aos outros países limítrofes com a Rússia que sua segurança está garantida?" - questionou Power. "A questão não é o que podemos dizer aos russos, mas o que podemos fazer para que nos ouçam", acrescentou.



O embaixador britânico na ONU, Mark Lyall Grant, também denunciou o "envolvimento militar direto da Rússia em apoio dos separatistas" e exigiu de Moscou que "retire imediatamente suas forças militares e suas armas" do território ucraniano. Segundo Lyall Grant, "as provas são irrefutáveis". Ele se referiu, especialmente, às fotos de satélites divulgadas pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) que mostram rampas de lançamento de mísseis e o envio "há vários meses" de membros de forças especiais russas - as chamadas Spetsnaz - para apoiar os insurgentes no leste da Ucrânia.

Já o embaixador russo no órgão, Vitali Churkin, acusou os Estados Unidos de terem enviado para a Ucrânia "dezenas de assessores" e denunciou as Forças Armadas ucranianas de "bombardear civis" nas zonas controladas pelos separatistas. "Minha mensagem a Washington é: parem de se meter nos assuntos internos de países soberanos", afirmou. A reunião de urgência do Conselho foi convocada pela Lituânia. Kiev pediu aos países ocidentais ajuda militar "de envergadura" diante da presença de tropas russas no leste separatista.

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