Agência France-Presse
postado em 30/08/2014 17:53
Jida - As monarquias do Golfo denunciaram "com veemência" o extremismo religioso representado pelos jihadistas radicais do Estado Islâmico (EI), e resolveram uma divergência diplomática com o Catar, que acusavam de desestabilizar a região, declararam ministros neste sábado. "Denunciamos com veemência as práticas daqueles que usam o islã como pretexto para matar e expulsar de suas casas" em massa iraquianos e sírios, disse o ministro kuwaitiano das Relações Exteriores, Sabah Khaled al-Sabah, em uma reunião com colegas do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) na cidade saudita de Jidá. O grupo reúne Arábia Saudita, Barein, Emirados Árabes, Kuwait, Catar e Omã.
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O bloco entrou em crise em março, quando os embaixadores de Arábia Saudita, Barein e Emirados Árabes abandonaram o Catar, depois que seus respectivos governos acusaram o país vizinho de interferir em seus assuntos e apoiar o extremismo islamita. "A crise do Golfo foi superada", afirmou o chanceler de Omã, Yusef Ben Alaui Ben Abdallah, segundo quem os embaixadores retornarão à capital do Catar, Doha.
Os países do Golfo também expressaram apoio à resolução aprovada em meados de agosto pelo Conselho de Segurança da ONU para impedir o recrutamento e financiamento dos grupos jihadistas que atuam em Síria e Iraque.
O ministro do Kuwait, cujo país preside o CCG, elogiou o cessar-fogo que encerrou na última terça-feira a guerra entre Israel e o movimento islamita Hamas na Faixa de Gaza.
Também pediu "uma proteção internacional para o povo palestino", o levantamento do bloqueio imposto ao território, e a sua reconstrução", preconizando a retomada das negociações de paz, com vistas ao "estabelecimento de um Estado palestino independente, com Jerusalém Oriental como capital e baseado nas fronteiras de 1967".