Agência France-Presse
postado em 03/09/2014 07:28
O exército paquistanês afirmou nesta quarta-feira (3/9) que matou mais de 900 combatentes islamitas desde o início, em junho, da operação contra redutos talibãs na zona tribal do Waziristão do Norte, perto da fronteira com o Afeganistão.Em meados de junho, as forças paquistanesas iniciaram a operação "Zarb-e-Azb" contra os talibãs paquistaneses do TTP, seus aliados da Al-Qaeda e os combatentes uzbeques e uigures. A operação tem o nome de um conhecido sabre do profeta Maomé.
Desde sua criação em 2007, o Tehreek e-Taliban Pakistan (TTP) intensificou os atentados no país. O grupo acusa o governo de apoiar a guerra contra o terror dos Estados Unidos e de não aplicar a sharia, a lei islâmica. "Desde o início da operação, 910 terroristas morreram e 82 soldados perderam a vida combatendo o terrorismo", anunciou o exército. O balanço ainda não foi confirmado por fontes independentes.
Em julho, várias testemunhas afirmaram à AFP que apenas no vale de Shawal, no Waziristão do Norte, pelo menos 30 civis havia falecido desde o início da operação.
[SAIBAMAIS]O governo dos Estados Unidos pedia há vários anos ao Paquistão uma operação contra os redutos talibãs do noroeste do país, em particular contra a rede Haqani, que usa a região como retaguarda para operações contra as forças americanas do outro lado da fronteira, no Afeganistão.
De acordo com analistas e fontes locais, vários combatentes Haqani atravessaram a fronteira afegã antes do início da intervenção militar paquistanesa.