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Chinês recorre entra com ação na Justiça por bloqueio do Google

Um sofisticado sistema de censura bloqueia na China qualquer acesso a sites considerados sensíveis e às redes sociais

Agência France-Presse
postado em 05/09/2014 09:18
Pequim - Um cidadão chinês processou um operador de telecomunicações devido ao bloqueio do motor de buscas americano Google, informaram nesta sexta-feira (5/9) as autoridades, em um caso que evidencia o controle que Pequim exerce sobre a internet.

O Google já se retirou parcialmente da China popular em 2010
Wang Long, de 25 anos, que se descreve como "funcionário jurista", entrou com um processo contra o grupo público China Unicom ante um tribunal de Shenzhen (sul), que examinou o caso na quinta-feira, segundo um documento publicado on-line pelo departamento de assuntos jurídicos da cidade.

"O Google é acessível normalmente?", perguntou o juiz ao advogado da China Unicom, relatou Wang em um testemunho publicado em sua conta de microblogs. Vacilante e incomodado, o advogado respondeu que "não estava certo de poder responder", o que gerou as risadas do público, antes que o juiz pedisse que fosse anotado que os sites do Google não eram acessíveis, relata Wang Long.



Um sofisticado sistema de censura, chamado de "Grande Muralha informática", bloqueia na China qualquer acesso a sites considerados sensíveis e às redes sociais Facebook e Twitter ou à plataforma de vídeos YouTube. Mas o Google desviava relativamente desta censura até agora.

O Google se retirou parcialmente da China popular em 2010 e levou seus servidores a Hong Kong, ao se recusar a aceitar as severas normas da censura chinesa. Responsáveis do tribunal de Shenzhen, contactados pela AFP, não puderam comentar o caso. É aguardada uma sentença antes de outubro, segundo o jornal oficial Global Times.

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