Agência France-Presse
postado em 05/09/2014 19:37
Washington - A coalizão internacional promovida pelos Estados Unidos contra os jihadistas do Estado Islâmico (EI) será diferente daquela que permitiu em 2003 que Washington invadisse o Iraque - garantiu o Departamento de Estado americano nesta sexta-feira (5/9).No encerramento de uma cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), nesta sexta, em Gales, o presidente Barack Obama prometeu "derrotar" o EI, graças à formação de uma grande aliança internacional.
"Quando falamos sobre o que fazemos hoje, não queremos, de nenhuma maneira, que isso lembre o que foi feito em 2003, quando houve a invasão do Iraque", afirmou a porta-voz assistente do Departamento de Estado Marie Harf em uma entrevista coletiva.
"Que isso fique claro. Não quero, em absoluto, que haja comparações", lembrou a porta-voz. "Sem dúvida, não utilizamos o mesmo manual estratégico", garantiu.
Marie Harf se referia à coalizão de 49 países que permitiu, em março de 2003, a invasão das tropas americanas ao Iraque, e aos dez países reunidos nesta sexta na Otan para estabelecer as bases de uma aliança contra o EI.
[SAIBAMAIS]Na cúpula, o secretário do Departamento de Estado, John Kerry, e o secretário da Defesa, Chuck Hagel, convidaram os representantes de Grã-Bretanha, França, Alemanha, Itália, Dinamarca, Austrália, Turquia, Canadá e Polônia a compor uma coalizão contra os jihadistas do EI.
"Não se trata de uma coalizão americana. Trata-se de uma coalizão mundial", insistiu a porta-voz americana.