postado em 07/09/2014 08:00
Com a popularidade em baixa, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, enfrenta o período de maior contestação ao regime bolivariano desde o governo do antecessor e padrinho político, Hugo Chávez, que assumiu o Palácio de Miraflores em 1999 e morreu em 2013, pouco depois de ter conquistado mais um mandato. A escassez de produtos básicos nas prateleiras, aliada ao baixo crescimento econômico e à inflação elevada, tem gerado críticas inclusive de setores do chavismo. Insatisfeita, a população voltou às ruas, agora para protestar contra a medida de Maduro que estabelece um controle de compras.
[SAIBAMAIS]Sintoma da crise, ministros e altos funcionários colocaram o cargo à disposição do presidente, que promoveu uma minirreforma. Rafael Ramírez deixou as rédeas da política econômica e da estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA) para assumir as Relações Exteriores. As vagas abertas pelo novo chanceler foram preenchidas por Rodolfo Marco Torres, indicação que agrada aos militares, e por Asdrúbal Chávez, primo de Chávez, ainda um mito para os líderes bolivarianos.
Eleito para suceder Chávez com 50,61% dos votos, em um segundo turno disputado e controverso contra o líder oposicionista Henrique Capriles, Maduro procurou minimizar a relevância das últimas pesquisas de opinião, que mostram queda na aprovação do governo. ;Ninguém vai tirar nada de mim com chantagens. Um dia você cai nas pesquisas; no outro, sobe. Eu não vivo de pesquisas;, afirmou. Na sondagem da consultoria Datanálisis, sua popularidade despencou 15 pontos em 16 meses. Ainda de acordo com o levantamento, 80% da população acham que a situação da Venezuela é negativa e 62,3% desaprovam a gestão do presidente.
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