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Companhias aéreas pagarão US$ 10 milhões a viúvo de obesa americana

Em três ocasiões, o casal tentou viajar para Nova York, onde Vilma deveria receber tratamento imediato

Agência France-Presse
postado em 08/09/2014 19:45
Washington - As companhias aéreas Lufthansa, Delta e KLM pagarão uma indenização de 10 milhões de dólares ao viúvo de uma passageira obesa por terem negado permissão para transportá-la, de acordo com a ata judicial.

Os termos do acordo são mantidos em sigilo, mas o advogado da Lufthansa, Michael Holland, anunciou que um juiz de Nova York encerrou o procedimento em 27 de agosto, segundo uma carta divulgada no site da justiça federal.

Janos Soltesz, que perdeu a esposa de 185 quilos em outubro de 2012 na Hungria, apresentou em junho uma queixa contra as empresas por "negligência" depois que elas se negaram a embarcar sua esposa devido ao seu peso quando retornavam de férias da Hungria para Nova York, indica o documento.

Vilma Soltesz, de 56 anos, tinha uma perna amputada e sofria de obesidade mórbida, o que a obrigava a se locomover em uma cadeira de rodas.


Em três ocasiões, o casal tentou viajar para Nova York, onde Vilma deveria receber tratamento imediato, primeiro através da KLM, depois na Delta e na Lufthansa. Mas as três companhias aéreas se negaram decolar com o casal por diversas razões.

O capitão do voo da KLM, previsto para 15 de outubro de 2012, ordenou que o casal saísse do avião alegando que a cadeira de rodas não passava por entre os assentos.

Após esperar cinco horas no aeroporto de Budapeste, o casal decidiu viajar para Praga de carro por mais de quatro horas para voar pela americana Delta. Apesar de o casal ter falado com antecedência sobre as condições físicas de Vilma, a empresa afirmou que não tinha como transportá-la.

O casal tentou viajar novamente em 22 de outubro pela Lufthansa. Quando os dois já estavam a bordo, o capitão pediu que descessem culpando ambos pelo atraso no início da viagem e considerando que outros passageiros iriam perder suas conexões em Frankfurt.

Vilma morreu dois dias depois na Hungria e seu marido acusou as companhias de "imprudência, negligência e de outros atos injustificados e/ou omissões", além de "faltas graves e comportamento escandaloso" que causaram a "morte prematura de sua esposa".

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