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UE volta a pressionar Google em investigação sobre 'abuso de posição'

O grupo americano é acusado de favorecer em suas páginas os próprios serviços especializados, em detrimento de ferramentas de busca concorrentes

Agência France-Presse
postado em 09/09/2014 08:58
Bruxelas - O grupo americano de internet Google deverá propor à Comissão Europeia soluções para as novas críticas formuladas por seus concorrentes, como parte da investigação do Executivo europeu sobre a empresa por abuso de posição dominante, afirmou o comissário da Concorrência, Joaquín Almunia. A investigação parece que vai ser prolongada, apesar do anúncio de Almunia em fevereiro de que as propostas de solução do Google eram satisfatórias para a Comissão.

Há alguns meses, a Comissão enviou cartas a 20 denunciantes para informar sobre a intenção de que pretendia rejeitar as denúncias, mas também para dar uma nova oportunidade de respostas. A mudança da Comissão foi motivada pelo fato de alguns denunciantes terem apresentado "argumentos, dados e considerações novas" em suas repostas, algumas delas "muito negativas", disse Almunia em uma entrevista à Bloomberg TV.



"Temos que analisar tudo isto e ver se o Google pode encontrar soluções para algumas preocupações, que consideramos justificadas. Estamos neste processo", completou Almunia. Também destacou que a Comissão "está tentando obter do Google soluções para responder aos argumentos sólidos".

A Comissão abriu a investigação contra a empresa americana em novembro de 2010 e já rejeitou em duas ocasiões os compromissos propostos pelo grupo, por considerá-los insuficientes. O grupo americano é acusado de favorecer em suas páginas os próprios serviços especializados, em detrimento de ferramentas de busca concorrentes, como por exemplo o comparador de preços Kelkoo ou sites especializados em viagens como Expedia ou lastminute.com, todos eles denunciantes.

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