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Confrontos entre a polícia e rebeldes xiitas matam sete pessoas no Iêmen

O Ministério do Interior confirmou a intervenção da polícia contra os manifestantes que "tentaram entrar à força nos escritórios do primeiro-ministro"

Agência France-Presse
postado em 09/09/2014 09:49
Sanaa - Sete partidários da rebelião xiita iemenita morreram nesta terça-feira (9/9) quando a polícia impediu a passagem de centenas de manifestantes que pretendiam atacar a sede do governo em Sanaa. "Sete manifestantes morreram e dezenas ficaram feridos pelos tiros das forças de segurança", declarou à AFP Khaled Madani, diretor do comitê que organizou o protesto.

Integrantes do grupo xiita Houthi se reúnem perto do edifício do gabinete, em Sanaa
A rebelião Ansarualah organizou uma passeata entre a Praça da Mudança, epicentro dos protestos desde 2011, e a sede do governo. Milhares de simpatizantes dos insurgentes acampam há várias semanas na capital e em seus arredores para exigir a renúncia do governo, acusado de corrupção. As forças de segurança usaram gás lacrimogêneo e jatos de água. Depois abriram fogo para impedir que centenas de manifestantes caminhassem ate a se de governo, de acordo com testemunhas.

[SAIBAMAIS]A polícia provocou o recuo dos manifestantes, que tentam reorganizar-se para avançar novamente em direção à sede do governo, segundo as mesmas fontes. Uma fonte do ministério do Interior confirmou a intervenção das forças de segurança contra os manifestantes que "tentaram entrar à força nos escritórios do primeiro-ministro".



A fonte, citada pela agência oficial Saba, não divulgou um balanço e advertiu os manifestantes que o Estado tomará medidas "constitucionais e legais para preservar a segurança e defender os estabelecimentos públicos". Os manifestantes conseguiram controlar os acessos aos ministérios da Energia e das Telecomunicações. Os funcionários não conseguiram entrar nos prédios nos últimos dois dias.

Os rebeldes de Ansarualah querem ampliar a zona de influência no futuro Estado federal, que terá seis províncias. Atualmente os xiitas são majoritários no norte do país. No conjunto do país, os sunitas representam a maioria.

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