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Presidente do Chile ordena reforço da segurança após atentado em metrô

O atentado que deixou 14 feridos em uma estação de metrô



Nos últimos anos centenas de artefatos parecidos explodiram sem provocar grandes danos ou feridos graves, mas nunca haviam sido colocados em um local público, de grande movimento e durante o dia.

Doa 14 feridos vítimas da explosão, cinco continuavam hospitalizados nesta terça-feira, enquanto oito receberam alta, a maioria por lesões auditivas. Uma das vítimas não quis ser atendida em centros médicos, informaram meios de comunicação locais.

O modo como o ataque foi realizado aterrorizou os moradores da capital. Uma foto de origem desconhecida que se tornou viral nas redes sociais mostrava uma pichação no transporte público, na qual era possível ler: "A próxima bomba será em um ônibus". O governo analisa a imagem.

A cautela levou ao fechamento momentâneo de várias estações de metrô devido a pacotes suspeitos que acabaram por ser alarmes falsos. Os funcionários do metrô protegeram todas as lixeiras por precaução.

Confusão

A grande pergunta sem resposta é quem está por trás destes ataques e qual é seu objetivo. O atentado não foi reivindicado.

"Obviamente não estão nos partidos que competem pelo voto, no governo e na cena pública. São contrários a este governo, ao anterior e provavelmente a todos", afirmou no jornal La Tercera o colunista Ascanio Cavallo.

Segundo o vice-procurador-geral, Alberto Ayala, a linha de investigação aponta para "organizações anarquistas que não têm uma organização que permita fazer uma análise que determine com maior precisão e rapidez quem está por trás destes atentados".

Um estudo da polícia chilena citado pelo El Mercurio afirmava que nos últimos nove anos 198 artefatos foram instalados, 81 dos quais foram reivindicados por grupos antissistema ou anarquistas. No total, 11 pessoas foram julgadas, e apenas uma condenada à prisão, mas nenhum por crimes terroristas, que são muito complexos de atribuir.

Durante o ano, os ataques com bombas caseiras foram reativados, e alguns países como Estados Unidos, Bélgica, Canadá, Austrália e Grã-Bretanha advertiram seus cidadãos para este fenômeno.