Agência France-Presse
postado em 09/09/2014 14:16
Varsóvia - O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, próximo presidente do Conselho Europeu, apresentou - como estava previsto - sua renúncia na tarde desta terça-feira ao chefe de Estado, Bronislaw Komorowski, informou a imprensa.
"Sim, entreguei os papéis", disse brevemente Tusk após o encontro com o presidente, que deve aceitar a sua renúncia e a de seu governo na quinta-feira. A presidente da câmara baixa do Parlamento, Ewa Kopacz, será a futura chefe de governo.
A eleição de Tusk para suceder Herman van Rompuy à frente da Presidência da UE representa um importante êxito para a Polônia, onde seu partido, Plataforma Cívica (PO, centro-direita), melhora sua imagem com a opinião pública diante da principal formação opositora, o PiS (conservador).
Komorowski tem duas semanas para designar o sucessor de Tusk, até 25 de setembro, embora possa fazer o anúncio antes de sua viagem à Holanda e aos Estados Unidos a partir de 20 de setembro.
A coalizão governante, aliança do partido do Plataforma Cívica e do partido PSL, já apresentou Kopacz como candidata a sua sucessão. Ela conta com o apoio do chefe de Estado para garantir a estabilidade no poder. Sua nomeação deve ser aprovada pelo Parlamento.
A única incógnita é a composição do novo executivo. Segundo o ministro da Agricultura, Marek Sawicki (PSL), a remodelação pode ser muito grande, embora, para a imprensa, importantes ministérios - como os da Defesa, da Economia e das Relações Exteriores - devam manter os atuais titulares.
Uma das poucas saídas confirmadas será a da vice-primeira-ministra e ministra de Infraestrutura e Desenvolvimento, Elzbieta Bienkowska, que acompanhará Tusk a Bruxelas como nova comissária europeia.
O próximo presidente do Conselho Europeu ganhou sua boa imagem durante os anos da crise econômica em 2007 e 2008, quando a Polônia era o único país da União Europeia com crescimento ininterrupto.
Além disso, o político liberal manteve excelentes relações com a vizinha Alemanha após um congelamento das relações bilaterais durante o governo do PiS, embora os críticos de Tusk critiquem o fato de não ter dado continuidade a vários projetos de reforma.