Mundo

Tumor do menino britânico Ashya pode ser tratado com protonterapia

"Estamos otimistas e cruzamos os dedos por Ashya, mas ainda é muito cedo para dar um pronóstico", enfatizou, o dr. Martin Holcat

Agência France-Presse
postado em 10/09/2014 14:44
Praga - O menino britânico Ashya King, portador de um tumor cerebral, poderá ser tratado no Proton Therapy Center (PTC) de Praga, uma vez que os testes mostraram que o câncer não está se expandindo, informaram fontes médicas.

"Obtivemos a informação de que o tumor não se expande desde a operação de Ashya King na Inglaterra", afirmou à AFP nesta quarta-feira (10/9) a chefe do PTC, Iva Tatounova, sem dar maiores detalhes.

"O conselho médico do hospital Praga-Motol confirmou a possibilidade de irradiação no PTC. Ao mesmo tempo, será aplicada quimioterapia", indicou, por sua parte, um comunicado do estabelecimento médico, baseando-se em uma série de exames realizadas neste centro.

O comunicado não faz referência à propagação do tumor.

"Estamos otimistas e cruzamos os dedos por Ashya, mas ainda é muito cedo para dar um pronóstico", enfatizou, por outro lado, o dr. Martin Holcat, do Praga-Motol.

A protonterapia, que não está disponível no Reino Unido, consiste em destruir as células cancerígenas irradiando-as com um feixe de prótons nas lesões e evitando os tecidos saudáveis.

Ashya King viajou para a República Tcheca após autorização dada pelo tribunal de Londres. Ele havia sido colocado na semana passada sob tutela da justiça britânica.



[SAIBAMAIS]Os pais, Brett e Neghemeh King, consideram que o tratamento inicialmente previsto para o menino no hospital de Southampton (sul da Inglaterra) era muito agressivo e o tiraram de lá sem autorização.

Para financiar o tratamento, os pais, Testemunhas de Jeová, foram para a Espanha para vender uma casa que possuíam no país.

A odisseia da família gerou um grande impacto na Grã-Bretanha, já que inicialmente pensou-se que se tratava de um sequestro. Os pais chegaram a ser presos na Espanha, mas, desfeito o engano, acabaram libertados.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação