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Texas executa condenado à morte apesar de polêmica por barbitúricos

Willie Trottie, de 45 anos, foi considerado culpado de ter assassinado a tiros sua esposa de 24 anos e o irmão dela, de 28 anos, em 1993

Agência France-Presse
postado em 10/09/2014 22:26
Washington - O estado de Texas (sul) executou nesta quarta-feira um afro-americano condenado pelo assassinato de sua esposa e do irmão dela, apesar da polêmica nos Estados Unidos sobre o processo de fabricação das substâncias usadas na aplicação da pena capital, informaram as autoridades.

[SAIBAMAIS]Willie Trottie, de 45 anos, foi considerado culpado de ter assassinado a tiros sua esposa de 24 anos e o irmão dela, de 28 anos, em 1993. As duas vítimas morreram após uma troca de tiros iniciada, segundo o condenado, por seu cunhado e durante a qual ele mesmo ficou ferido.

Trottie foi executado com uma injeção que continha uma dose letal de Pentobarbital, um anestésico normalmente usado por veterinários e que os estados que praticam a pena de morte só podem adquirir através de fabricantes e farmácias de manipulação não regulamentadas.

Trottie havia apresentado uma série de apelações à Suprema Corte que foram rejeitadas, como a inconstitucionalidade do procedimento, que o impede de saber sobre o fabricante das drogas e se sofrerá após a injeção.

"É o quinto recurso semelhante contra o protocolo de execução do Texas em um ano. Toda vez os demandantes, representados pelo mesmo advogado, apresentam exatamente as mesmas alegações", respondeu o governo estadual em sua resposta à Suprema Corte, lembrando que as denúncias foram rejeitadas e as condenações executadas.

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Trottie é o condenado número 29 a ser executado este ano nos Estados Unidos, o oitavo no Texas. Esse estado e o Missouri (norte) detêm o recorde de número de execuções em 2014. Na terça, o Missouri executou seu oitavo preso.

"É vergonhoso que os Estados Unidos mantenham este castigo cruel, desumano e degradante" que é a pena capital, denunciou o diretor executivo do escritório da Anistia Internacional nos Estados Unidos. "Os Estados Unidos não podem ser um líder em direitos humanos enquanto continuarem executando seus prisioneiros", acrescentou.

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