Agência France-Presse
postado em 11/09/2014 11:48
Gaza - O número dois do Movimento de Resistência Islâmico (Hamas), no exílio, Musa Abu Marzuk, afirmou nesta quinta-feira (11/9) que sua organização poderá ver-se obrigada a negociar diretamente com Israel os próximos passos para uma trégua de longo prazo.No entanto, um ministro israelense rejeitou imediatamente qualquer possibilidade de negociação com a organização que controla a Faixa de Gaza.
No entanto, Israel e Hamas negociaram indiretamente por intermédio do Egito e, em 26 de agosto, no Cairo, concluíram um cessar-fogo que pôs fim a 50 dias de guerra, onde mais de duas mil pessoas morreram do lado palestinos e mais 70 do lado israelense.
As duas partes decidiram retomar as discussões um mês depois para resolver questões de fundo e transformar o cessar-fogo provisório em uma trégua permanente.
Segundo os acordos concluídos depois da guerra, Israel se comprometeu em suavizar as restrições à importação de mercadorias e de materiais de construção para a Faixa de Gaza. Mas, no momento, quase não houve mudanças na zona, segundo dirigentes palestinos.
"Do ponto de vista da lei islâmica, não há nada de mal em negociar com o ocupante (israelense)", afirmou Abu Marzuk. "Muitas questões que eram tabu em nosso movimento podem ser alvo de discussões", enfatizou ainda.
[SAIBAMAIS]Em compensação, o ministro da Ciência israelense Yakov Peri excluiu qualquer negociação direta com o Hamas.
"Até que o Hamas abandone o caminho da violência e do terrorismo, reconheça o direito à existência do Estado de Israel e aceite as condições do Quarteto para a Paz, Israel não realizará negociações diretas com esta organização terrorista", declarou Peri à rádio pública.