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Tempestades solares se dirigem para Terra

Dado ao nível de intensidade geomagnética esperado, estas tempestades "poderão provocar alguns problemas nas comunicações por rádio e sinal de GPS

Agência France-Presse
postado em 11/09/2014 22:20
Washington - Duas tempestades solares afetarão a Terra nas noites de quinta e sexta-feira, informou o centro americano de Previsão do Clima Espacial, que não acredita em perturbações maiores na rede elétrica e nas comunicações devido ao fenômeno.

Dado ao nível de intensidade geomagnética esperado, estas tempestades "poderão provocar alguns problemas nas comunicações por rádio e sinal de GPS, assim como irregularidades na voltagem da rede de distribuição elétrica nas latitudes norte dos Estados Unidos", disse Thomas Berger, diretor do centro.

Os efeitos "não devem produzir perturbações maiores na rede elétrica", acrescentou o funcionário em entrevista coletiva. As tempestades solares são resultado de erupções da massa coronal da superfície do Sol, a primeira ocorrida na noite de segunda-feira e a segunda, de maior intensidade, na tarde de quarta-feira.

Estas erupções projetam plasma ionizado para o espaço em grande velocidade, o que produz uma interferência no campo magnético terrestre, provocando tormentas magnéticas.

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As duas erupções foram muito próximas em espaço de tempo e ocorreram na mesma zona do Sol, no centro do disco, em direção à Terra, destacou Berger.

Por esta razão, "não podemos excluir (a possibilidade de) uma maior intensidade destas tormentas solares, especialmente nas regiões polares, onde as interações com o campo magnético terrestre são mais fortes".

Estas duas tempestades também deverão produzir auroras boreais espetaculares no norte dos Estados Unidos e no Canadá na noite de sexta-feira.

Em 2012, uma forte tempestade solar quase atingiu a Terra, colocando em sério risco todo o sistema de redes elétricas e ameaçando "reenviar a civilização contemporânea ao século XVIII", revelou a Nasa em julho passado.

A Nasa estima que o impacto de uma tempestade solar como a de 1859 - conhecida como "evento Carrington" - custaria a economia mundial dois trilhões de dólares e provocaria danos sem precedentes em um mundo inteiramente dependente da eletricidade e da eletrônica.

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