Agência France-Presse
postado em 14/09/2014 15:12
Paris - A ONG francesa Acted, para a qual trabalhava o britânico David Haines, decapitado pelo Estado Islâmico (EI), anunciou neste domingo que irá apresentar uma queixa em Paris por assassinato, sequestro e confinamento forçado.É preciso que "um dia eles sejam julgados", declarou à imprensa Frederic Roussel, co-fundador e diretor de desenvolvimento da organização humanitária, embora reconheça que esta queixa, que será apresentada na segunda-feira, possa parecer "simbólica", tendo em vista a situação em terra.
A ONG também pretende lutar para garantir que este tipo de execução de trabalhadores humanitários e jornalistas seja reconhecido como um "crime contra a humanidade".
A Acted, que teve vários de seus membros raptados ou mortos em diferentes locais, declarou neste domingo em um comunicado estar "profundamente chocada e horrorizada" pelo assassinato odioso de David Haines.
Este gesto "não vai impedir nosso compromisso com as populações que sofrem", assegurou a ONG, para a qual "este crime bárbaro não pode ficar impune".
Leia mais notícias em Mundo
Envolvido em ações humanitárias desde 1999, David Haines, de 44 anos, foi sequestrado na Síria em março de 2013. Ele estava em sua primeira missão para a Acted como chefe de logística no campo de refugiados de Atmeh, um vilarejo sírio perto da fronteira turca.
"David, que tinha acabado de se juntar a nossa equipe, era admirado por todos, especialmente por sua generosidade, empenho e profissionalismo", acrescentou a ONG. Fundada em 1993, a ONG está presente em 35 países.