Agência France-Presse
postado em 16/09/2014 11:15
O governo sul-sudanês ordenou nesta terça-feira (16/9) determinou nesta terça-feira (16/9) que todas as empresas privadas e ONGs que operam no país serão impedidas de empregar dentro de um mês estrangeiros, que devem ser substituídos por cidadãos do Sudão do Sul.O ministro do Trabalho, Ngor Ngor Kolong, "ordena a todas as ONGs e empresas privadas que operam no Sudão do Sul a notificar todos os estrangeiros que trabalham para eles, em todos os cargos, para que cessem de trabalhar no campo a partir de 15 de outubro", afirma uma circular oficial de 12 de setembro, publicada nesta terça-feira na imprensa local. "Este aviso de um mês começa em 15 de setembro de 2014 e termina em 15 de outubro", completa a nota.
"Todas as instituições, empresas e entidades empresariais devem preencher as vagas de diretores executivos, gestores de recursos humanos, secretárias, responsáveis pelos recursos humanos, executivos de relações públicas, funcionários a cargo de suprimentos/logística, agentes do protocolo e recepcionistas", acrescenta.
[SAIBAMAIS]"Por meio do gabinete do diretor-geral do Trabalho no ministério, estes cargos devem ser preenchidos por cidadãos sul-sudaneses qualificados", de acordo com a circular.
O Sudão do Sul, mais novo país do mundo, proclamou sua independência em 9 de julho de 2011, arruinado após décadas de uma guerra violenta e destrutiva contra Cartum.
O país mergulhou recentemente em um novo conflito entre tropas leais ao presidente Salva Kiir e os insurgentes leais a seu ex-vice-presidente Riek Machar, em meio a rivalidade entre os dois homens à frente do regime e de uma ressentimentos étnicos entre as duas principais comunidades do país, representadas respectivamente pelos dois homens.
Os combates, acompanhados de massacres étnicos, resultaram em milhares ou dezenas de milhares de mortos e forçaram mais de 1,8 milhão de sul-sudaneses a deixar suas casas.
O país está ameaçado pela fome, segundo a ONU e as agências humanitárias, e parte da população depende de ONGs para obter alimento. Além disso, o Sudão do Sul é extremamente carente de mão de obra qualificada.
Apesar dos importantes recursos do petróleo, o jovem país, desprovido de indústria e de infraestrutura real, esforça-se para decolar após a independência, mas foi severamente afetado pelo novo conflito.