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Oposição síria investiga morte de 15 crianças após vacinação contra sarampo

De acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos, o incidente teria sido causado pelo armazenamento inadequado das vacinas

Beirute - O governo interino da oposição síria anunciou nesta quarta-feira (17/9) a abertura de uma investigação sobre as circunstâncias da morte de 15 crianças vacinadas contra o sarampo em Idleb, uma província no norte da Síria. O ministério da Saúde da oposição recomendou na terça-feira (16/9) interromper a segunda etapa de vacinação contra o sarampo, que começou na segunda-feira, após a morte dessas crianças, enquanto mil e quinhentos outras sofrem de diferentes sintomas.



"As vacinas são aquelas usadas em todo o mundo. Distribuídas em sessenta centros médicos, elas são do mesmo laboratório e a data de validade é janeiro de 2016". O conflito na Síria, que começou há mais de três anos, tem causado grandes movimentos de população, com milhões de crianças deslocadas, seja dentro do país ou em países vizinhos.

Consequentemente, todas as campanhas de vacinação tradicionais foram perturbadas ou interrompidas, e as crianças estão em alto risco para a poliomielite e o sarampo, de acordo com a Unicef. A ONU declarou no início deste ano que 1,6 milhão de crianças deveriam ser vacinadas na Síria contra poliomielite, sarampo, caxumba e rubéola.