Agência France-Presse
postado em 18/09/2014 17:08
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, condenou nesta quinta-feira (18/9) a "agressão" da Rússia à Ucrânia ao receber o líder ucraniano Petro Poroshenko na Casa Branca. Obama também felicitou Poroshenko por sua "difícil" decisão de conceder mais autonomia a uma região do leste separatista do país como parte do plano de paz estabelecido com a Rússia.Sentado ao lado de Poroshenko no Salão Oval, Obama destacou o papel de liderança desempenhado pelo ucraniano, que, segundo o presidente dos EUA, foi "fundamental em um momento muito importante para a história da Ucrânia." "Infelizmente, o que vimos também foi uma agressão russa, primeiro na Crimeia e, mais recentemente, em partes do leste da Ucrânia."
Obama disse que as ações da Rússia violaram a soberania da ex-república soviética e foram planejadas também para comprometer os esforços de Poroshenko por reformas. O presidente americano também elogiou o colega ucraniano por promover uma legislação no Parlamento oferecendo mais autonomia a algumas localidades do leste do país, em uma tentativa de apaziguar os separatistas.
[SAIBAMAIS]Obama disse que a legislação, que é "muito difícil" para Poroshenko, deve permitir que os ucranianos do leste tenham os seus direitos totalmente respeitados. "Essas leis que o presidente Poroshenko aprovou não foram fáceis", disse Obama. "Mas creio que revelam seu compromisso com uma Ucrânia inclusiva", acrescentou. Obama afirmou que Washington e seus aliados continuarão pressionando a Rússia e apoiando os esforços da Ucrânia para recuperar a economia do país.
Já Poroshenko agradeceu a Obama pelo apoio, e manifestou seu desejo de que o cessar-fogo entre suas forças e os rebeldes seja mantido e se torne a base de uma paz duradoura. O líder ucraniano voltou a pedir a retirada das tropas russas de seu território, o fechamento da fronteira com a Rússia para a passagem de tropas e munições, e a libertação de "reféns" ucranianos."Esperamos que o cessar-fogo, que já dura 12 dias, se transforme em uma paz real", disse.
Depois da reunião com Obama, Poroshenko conversou com jornalistas e se mostrou evasivo ao ser consultado sobre se pediu a Obama que fornecesse armamento às forças de Kiev. "Pedi ao presidente para aumentarmos a cooperação em segurança e defesa e recebi uma resposta positiva", respondeu.