Agência France-Presse
postado em 18/09/2014 19:35
Nova York - O Conselho de Segurança da ONU adotou nesta quinta-feira (18/9) uma resolução que classifica a epidemia de Ebola como uma "ameaça à paz e à segurança internacionais", e pediu que os países forneçam ajuda urgente para a luta contra o avanço da doença. A resolução foi adotada de forma unânime depois de o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, ter advertido que o número de infectados pelo Ebola está duplicando a cada três semanas.
O Conselho ouviu o médico e voluntário humanitário liberiano Jackson Naimah, que fez um pedido desesperado de ajuda para o combate à epidemia que, de acordo com os últimos dados da Organização Mundial da Saúde, deixou 2.630 mortos na África Ocidental, de um total de 5.357 afetados. "Por favor, enviem seus helicópteros, seus centros, seus leitos e seus especialistas", disse Naimah em uma videoconferência em Monróvia. "Não temos capacidade de reagir a esta crise. Se a comunidade internacional não se erguer, estaremos acabados", acrescentou.
Em sua resolução, o Conselho declarou que o "alcance sem precedentes do Ebola na África representa uma ameaça à paz e à segurança internacionais", e advertiu que os "avanços em direção à paz (...) podem ser revertidos" na África Ocidental. O documento pede que os países "forneçam assistência urgente, incluindo estruturas médicas móveis, como hospitais de campanha" - com equipes e produtos necessários, laboratórios e clínicas -, e ajudem com o transporte aéreo.
O Conselho também pediu que os países suspendam as restrições impostas nas fronteiras e em relação às viagens, e exortou as companhias aéreas a manterem suas rotas nos países afetados. Esta é a terceira resolução ligada a uma emergência de saúde a ser aprovada pelo Conselho em toda a sua história. As anteriores foram para o combate à pandemia de Aids em 2000 e 2011.
Missão Ebola
A ONU estabeleceu como objetivo a contenção do avanço do Ebola em um período de entre seis e nove meses, e está pedindo cerca de 1 bilhão de dólares para comprar materiais de saúde para a África Ocidental. Ban anunciou planos para estabelecer uma nova missão da ONU de combate ao Ebola, com sede na África Ocidental, mas fora dos países mais afetados, que terão escritórios regionais.
O secretário-geral também nomeará, em breve, um representante especial para liderar a resposta à crise com foco na ação internacional contra a epidemia. Uma "Cúpula do Ebola" será realizada na próxima semana, de forma paralela à Assembleia Geral da ONU, com o objetivo de mobilizar os recursos para combater a epidemia.
O Banco Mundial advertiu esta semana para o "dano catastrófico" que o Ebola provocará nas economias de Libéria, Guiné e Serra Leoa. Naimah descreveu uma importante falta de leitos, o que tem levado o pessoal médico a recusar pacientes. "Agora mesmo, enquanto falo, as pessoas estão sentadas nas portas dos centros médicos literalmente suplicando por suas vidas".
Segundo a organização não-governamental Médicos Sem Fronteiras a resposta das Nações Unidas à epidemia de Ebola tem sido "letalmente inadequada".
O Conselho ouviu o médico e voluntário humanitário liberiano Jackson Naimah, que fez um pedido desesperado de ajuda para o combate à epidemia que, de acordo com os últimos dados da Organização Mundial da Saúde, deixou 2.630 mortos na África Ocidental, de um total de 5.357 afetados. "Por favor, enviem seus helicópteros, seus centros, seus leitos e seus especialistas", disse Naimah em uma videoconferência em Monróvia. "Não temos capacidade de reagir a esta crise. Se a comunidade internacional não se erguer, estaremos acabados", acrescentou.
Em sua resolução, o Conselho declarou que o "alcance sem precedentes do Ebola na África representa uma ameaça à paz e à segurança internacionais", e advertiu que os "avanços em direção à paz (...) podem ser revertidos" na África Ocidental. O documento pede que os países "forneçam assistência urgente, incluindo estruturas médicas móveis, como hospitais de campanha" - com equipes e produtos necessários, laboratórios e clínicas -, e ajudem com o transporte aéreo.
O Conselho também pediu que os países suspendam as restrições impostas nas fronteiras e em relação às viagens, e exortou as companhias aéreas a manterem suas rotas nos países afetados. Esta é a terceira resolução ligada a uma emergência de saúde a ser aprovada pelo Conselho em toda a sua história. As anteriores foram para o combate à pandemia de Aids em 2000 e 2011.
Missão Ebola
A ONU estabeleceu como objetivo a contenção do avanço do Ebola em um período de entre seis e nove meses, e está pedindo cerca de 1 bilhão de dólares para comprar materiais de saúde para a África Ocidental. Ban anunciou planos para estabelecer uma nova missão da ONU de combate ao Ebola, com sede na África Ocidental, mas fora dos países mais afetados, que terão escritórios regionais.
O secretário-geral também nomeará, em breve, um representante especial para liderar a resposta à crise com foco na ação internacional contra a epidemia. Uma "Cúpula do Ebola" será realizada na próxima semana, de forma paralela à Assembleia Geral da ONU, com o objetivo de mobilizar os recursos para combater a epidemia.
O Banco Mundial advertiu esta semana para o "dano catastrófico" que o Ebola provocará nas economias de Libéria, Guiné e Serra Leoa. Naimah descreveu uma importante falta de leitos, o que tem levado o pessoal médico a recusar pacientes. "Agora mesmo, enquanto falo, as pessoas estão sentadas nas portas dos centros médicos literalmente suplicando por suas vidas".
Segundo a organização não-governamental Médicos Sem Fronteiras a resposta das Nações Unidas à epidemia de Ebola tem sido "letalmente inadequada".