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Maduro acusa oposição venezolana de querer lançar guerra bacteriológica

Maduro também acusou a imprensa de "terrorismo psicológico", por divulgar notícias sobre o suposto surgimento de uma doença desconhecida

Agência France-Presse
postado em 18/09/2014 20:25
Caracas - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta quinta-feira que a oposição pretendia lançar uma "guerra bacteriológica" no país. Maduro também acusou a imprensa de "terrorismo psicológico", por divulgar notícias sobre o suposto surgimento de uma doença desconhecida. "Suspeitamos de que esta direita (a oposição) pretendia lançar algum tipo de vírus - dessas guerras bacteriológica que se fazem no mundo - no Hospital Central de Maracay, ou quem sabe onde", disse o chefe de Estado nesta quinta-feira na rede oficial de rádio e televisão.

[SAIBAMAIS]Ao mesmo tempo, Maduro negou que uma "doença desconhecida" tenha causado uma série de mortes na semana passada em um hospital localizado 100 km a oeste de Caracas. Depois acusou médicos, jornais e redes de tv de "terrorismo psicológico", por terem divulgado a informação, e ordenou que o Ministério Público acione os responsáveis.

"A campanha sobre a suposta presença do Ebola em Maracay é terrorismo psicológico, é um crime", ressaltou Maduro. Na semana passada, alguns médicos ligados a partidos da oposição denunciaram que foram registradas oito mortes de adultos e crianças no Hospital Central de Maracay. Eles teriam sido vítimas de uma febre acompanhada de erupções na pele, dor nas articulações e hemorragias.

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Segundo Maduro, a informação ganhou repercussão na imprensa venezuelana e em veículos internacionais. As autoridades de saúde da Venezuela atribuíram as mortes a outras causas, como peritonite e envenenamento por plantas. Além disso, aguardam resultados de exames para determinar se houve casos de febre chicungunha ou dengue.

Na quarta-feira, o ministério da Saúde informou que foram registrados 398 casos de febre chicungunha e três mortes de pessoas que sofriam de outras doenças. Além disso, 45.745 pessoas foram afetadas pela dengue. Com a multiplicação dos casos de febre alta, as farmácias e os centros de saúde passaram a carecer de medicamentos para aliviar o sintoma.

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