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Companhias aéreas suspendem voos ao aeroporto de Sanaa por violência

Os rebeldes de Ansarullah acampam há mais de um mês em Sanaa e nos arredores, sobretudo na estrada que leva ao aeroporto da capital. A suspensão vale por pelo menos 24 horas

Agência France-Presse
postado em 19/09/2014 08:32
As companhias aéreas suspenderam seus voos ao aeroporto internacional de Sanaa depois de violentos confrontos entre islamitas sunitas apoiados pelo exército e rebeldes xiitas na capital iemenita, anunciou a Autoridade da Aviação Civil.

A medida entrou em vigor durante a noite por um período de ao menos 24 horas, acrescentou a fonte. "As companhias aéreas árabes e estrangeiras decidiram suspender seus voos a Sanaa por 24 horas devido à situação na capital", anunciou pela noite a aviação civil em um comunicado.

Esta medida será prolongada ou reconsiderada "em função (da evolução) das condições de segurança na capital", segundo o comunicado, citado pela agência oficial Saba.

Na quinta-feira quase 40 pessoas morreram em confrontos entre os simpatizantes do partido islamita sunita Al-Islah e o exército, por um lado, e os rebeldes xiitas de Ansarullah, por outro, no norte de Sanaa, onde se localiza o aeroporto, informaram várias fontes.

Os rebeldes de Ansarullah, que pedem a renúncia do governo, acusado de corrupção, acampam há mais de um mês em Sanaa e em seus arredores, sobretudo na estrada que leva ao aeroporto da capital.


A onda de violência se acentuou na quinta-feira com o avanço dos rebeldes armados no norte de Sanaa. Enquanto isso, o emissário da ONU, Jamal Ben Omar tentava, sem resultados, convencer o chefe da rebelião de Ansarullah, Abdel Malek Huthi, da necessidade de encontrar uma saída para a crise, informaram fontes próximas aos negociadores.

Os rebeldes rejeitaram em agosto uma proposta presidencial sobre a nomeação de um novo primeiro-ministro e uma redução no polêmico aumento dos preços do combustível, duas de suas principais reivindicações.

Os rebeldes, que controlam a região de Saada (norte), são suspeitos de querer ampliar sua zona de influência no futuro Estado federal que contará com seis províncias.

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