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Serviço de segurança encontra corpo decapitado no Sinai egípcio

Pelo menos 1,4 mil manifestantes pró-Mursi foram mortos em poucos meses e mais de 15 mil foram detidos, enquanto centenas de pessoas foram condenadas à morte em julgamentos sumários

Agência France-Presse
postado em 19/09/2014 13:02
O corpo de um homem decapitado foi encontrado nesta sexta-feira (19/9) em um vilarejo na península egípcia do Sinai, onde jihadistas reivindicaram recentemente várias decapitações, anunciaram autoridades dos serviços de segurança.

O corpo foi descoberto por moradores da região perto de uma estrada em Sheikh Zueid, próximo da capital do governo do Sinai do Norte, Al-Arish.

Esta descoberta macabra acontece três semanas após o grupo jihadista Ansar al-Beit Maqdess reivindicar a decapitação de quatro homens, acusados de ser "agentes" a mando de Israel, no Sinai.

Este grupo, que reivindica ligações com a Al-Qaeda, assume regularmente ataques contra as forças de segurança egípcias desde a destituição pelo exército do presidente islamita Mohamed Mursi, em julho de 2013.

Em resposta aos ataques nos últimos meses no Sinai, mas também no resto do país, o exército egípcio lançou uma grande ofensiva contra o grupo jihadista, que busca atuar em retaliação à repressão contra os partidários de Mursi desde sua destituição.



Pelo menos 1,4 mil manifestantes pró-Mursi foram mortos em poucos meses e mais de 15 mil outros foram detidos, enquanto centenas de pessoas foram condenadas à morte em julgamentos sumários.

Antes de Mursi ser deposto, Ansar Beit al-Maqdess, criado em 2011 e cujo nome significa "Partidários de Jerusalém", tinha como principal alvo Israel, atacando oleodutos que abastecem o Estado hebreu.

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