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França diz que está preparada para enfrentar ameaças do Estado Islâmico

O país se tornou o primeiro país a se juntar aos Estados Unidos na campanha aérea contra o grupo extremista

Agência France-Presse
postado em 22/09/2014 17:01
Depois de ter seus cidadãos ameaçados pelo grupo radical Estado Islâmico (EI), a França respondeu que não tem medo e está preparada para enfrentar as ameaças terroristas. O porta-voz do EI, Abu Mohamed Al Adnani, pediu hoje (22/9) aos muçulmanos, em mensagem difundida em várias línguas por meio da internet, para matarem ;cidadãos dos países que participam na coligação internacional contra o Estado Islâmico;. ;Matem um infiel norte-americano ou europeu ; especialmente um rancoroso e imundo francês;, disse Adnani.

[SAIBAMAIS]Na sexta-feira (19/9), a França realizou ataques aéreos a estruturas do EI no Iraque e se tornou o primeiro país a se juntar aos Estados Unidos na campanha aérea contra o grupo extremista, que tenta controlar regiões estratégicas para financiar seu projeto de recriar o califado, a forma islâmica de governo, extinguir as fronteiras e impor a sharia, a lei islâmica. O ataque aéreo contra um depósito logístico no Nordeste do Iraque atiçou a ira da organização contra os franceses.

O ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, disse, em declaração transmitida pela televisão francesa, que ;a França não tem medo; e ;está preparada para responder às ameaças;. O representante do governo francês acrescentou que ;esta não é a primeira vez que a França é ameaçada por grupos terroristas que atacam os valores da tolerância, dos direitos humanos e da democracia que temos defendido ao longo de séculos;.

Entre os milhares de voluntários que se juntaram à luta armada do EI, de dezenas de nacionalidades, estão muitos cidadãos franceses. Devido a disso, o governo do país tem se mostrado preocupado com o aumento do número de franceses combatendo do lado do grupo extremista na Síria e no Iraque e que, caso retornem ao território da França, representarão uma ameaça à segurança do país. Na semana passada, o Parlamento da França aprovou uma lei antiterrorista que prevê a proibição de viagens a todos os suspeitos de pertencer a grupos extremistas islâmicos.



Estados Unidos e França, nações que já estão realizando ataques aéreos a bases do EI, procuram apoio de outros países para formar uma coligação internacional contra o grupo radical que, segundo os líderes envolvidos, pode se tornar uma ameaça global se não for combatido.

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