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ONG que luta por direitos humanos na Rússia ganha prêmio Rafto

A organização trabalho contra os atentados aos direitos fundamentais cometidos na Rússia

Agência France-Presse
postado em 25/09/2014 09:49
Oslo - O prêmio Rafto de direitos humanos foi concedido nesta quinta-feira para a ONG russa Agora, representada por seu presidente Pavel Chikov, por seu trabalho contra os atentados aos direitos fundamentais cometidos na Rússia.

"O prêmio reconhece seu incansável trabalho profissional para defender o direito a um processo justo e a outros direitos humanos na Rússia, onde as organizações e os indivíduos estão submetidos a uma crescente pressão por parte das autoridades", declarou o presidente da fundação norueguesa Rafto, Martil Paulsen.

"Passaram-se mais de 20 anos desde a implosão da União Soviética e o fim da Guerra Fria, mas as esperanças de uma Rússia mais democrática começam agora a murchar", acrescentou.

Os 35 advogados da Agora, organização fundada em 2005, ajudam militantes, blogueiros, jornalistas e ONGs na mira da administração russa.

Devido a uma lei russa, que classifica de agentes estrangeiros as ONGs com financiamento externo, a Agora deve renunciar aos 20.000 dólares do prêmio Rafto, disse a fundação.

"A situação da sociedade civil é atualmente precária", disse Paulsen. "As autoridades do país encontram-se em uma encruzilhada, onde a questão é prosseguir ou não em um caminho não democrático", acrescentou.



O prêmio Rafto, em homenagem ao historiador e defensor dos direitos humanos norueguês Thorolf Rafto, é atribuído normalmente a pessoas ou organizações pouco conhecidas.

Quatro premiados (Aung San Suu Kyi, José Ramos-Horta, Kim Dae-Jung e Shirin Ebadi) receberam posteriormente o prêmio Nobel da Paz, que também é concedido na Noruega.

A cerimônia oficial de entrega do prêmio Rafto será realizada no dia 2 de novembro em Bergen (oeste da Noruega). Já o prêmio Nobel da Paz será anunciado no dia 10 de outubro em Oslo.

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