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Cerca de 100 partidários de Mursi no Egito são condenados a prisão

Eles são acusados de cometerem atos de violência durante manifestações

Agência France-Presse
postado em 25/09/2014 11:01
Cairo - Quase 100 partidários do destituído presidente islamita egípcio Mohamed Mursi foram condenados nesta quinta-feira a penas de prisão em três julgamentos por atos de violência cometidos durante manifestações.

Desde que Mursi foi derrubado em julho de 2013 pelo ex-chefe das Forças Armadas e atual presidente Abdel Fatah al Sissi, seus partidários são alvo de uma implacável repressão que já deixou 1.400 mortos, em sua maioria manifestantes islamitas. Além disso, mais de 15.000 foram presos.

Nesta quinta-feira, dois simpatizantes de Mursi foram condenados à prisão perpétua por atos violentos que causaram a morte de duas pessoas em Qaliub, no delta do Nilo. Em primeira instância, haviam sido condenados à morte.

Um tribunal da província de Kafr al Sheikh, também no delta do Nilo, condenou 86 pessoas até 15 anos de prisão. Desde a queda de Mursi, centenas de membros da Irmandade Muçulmana e seus simpatizantes foram condenados à morte em julgamentos sumários.



A ONU afirma que esses julgamentos em assa não têm precedente na história recente do mundo.O próprio Mursi e a maior parte dos líderes da Irmandade Muçulmana podem ser condenados à pena capital em vários processos.

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