Quase uma década após o atentado contra o transporte de Londres, a ameaça do terror volta a assombrar o Ocidente. O primeiro-ministro iraquiano, Haidar Al-Abadi, alertou que Bagdá coletou dados de inteligência sobre ataques nos metrôs de Paris e dos Estados Unidos. De acordo com o premiê, extremistas franceses e norte-americanos que se alistaram ao Estado Islâmico (EI) estariam por trás do complô, organizado a partir do Iraque. ;Eu estou recebendo relatos precisos de Bagdá de que houve a prisão de elementos e que existiam redes dentro do Iraque para cometer ataques; Aos metrôs dos EUA e de Paris;, afirmou Al-Abadi a jornalistas, à margem da Assembleia Geral da ONU. Questionado se a conspiração tinha sido frustrada, ele respondeu: ;Não, não foi interrompido ainda; Trata-se de uma rede;. ;Eu pedi por mais informações, por nomes, por detalhes, por cidades e datas. Pelos detalhes que recebi, sim, parece uma ameaça crível;, emendou, sem revelar o nome da cidade americana citada.
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A Casa Branca reagiu com surpresa. ;Nós não confirmamos tal complô e temos que rever qualquer informação com nossos parceiros iraquianos;, comentou Caitlin Hayden, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Presidência dos EUA. Por sua vez, o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, divulgou comunicado no qual afirma levar toda ameaça a sério. Os serviços de segurança franceses descartaram conhecer qualquer plano contra o metrô parisiense.
Magnus Ranstorp, especialista em terrorismo pelo Colégio de Defesa Nacional da Suécia, admitiu ao Correio o risco real de atentados inspirados pelo EI, mas disse não crer num complô em andamento. ;Existe o perigo de sequestro de turistas no Oriente Médio e no Norte da África, além de operações na Europa similares à ocorrida em Mumbai e de decapitação de pessoas no Ocidente;, afirmou, por meio da internet, referindo-se a uma onda de ataques na Índia, em novembro de 2008, que mataram 164.
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