Agência France-Presse
postado em 26/09/2014 07:48
Limassol - Quase 280 refugiados, em sua maioria sírios, que foram resgatados de navio e se negavam a descer no Chipre desembarcaram finalmente nesta sexta-feira (26/9) na ilha, no porto de Limassol. "Todos desceram da embarcação. Aconteceu a partir das cinco da manhã. A polícia entrou, não fez nada. Tudo aconteceu com tranquilidade e aceitaram descer do navio", afirmou o vice-diretor da Defesa Civil, Marinos Papadopoulos.[SAIBAMAIS]Em um primeiro momento, os refugiados, resgatados na quinta-feira, tentaram exigir uma viagem até a Itália, não ao Chipre. Após o desembarque, os imigrantes entraram em uma área preparada pelas autoridades para sua chegada, onde alguns deles receberam atendimento médico.
Às 9h locais, dezenas de imigrantes já haviam sido registrados. As autoridades planejavam transportar os imigrantes para o campo de Kokkinotrimithia, a 10 km da capital Nicósia, segundo Papadopoulos. A Cruz Vermelha informou que neste campo, todos poderão tomar banho, trocar de roupa e descansar.
No total, 345 refugiados, em sua grande maioria sírios, foram resgatados na quinta-feira por um cruzeiro na costa do Chipre, mas em um primeiro momento apenas 65 aceitaram desembarcar na ilha mediterrânea, enquanto os outros exigiam uma viagem até a Itália.
A exigência revoltou o diretor geral da empresa marítima Salamis Cruise Lines, Kikis Vassiliou, cujo navio retornou para resgatar os imigrantes. "Fizemos o máximo para salvar a vida de todos, demos comida, ajudamos. E agora querem arruinar a empresa", disse o diretor, que mencionou perdas de "centenas de milhares de euros". O Chipre fica a apenas 100 km da costas síria, onde os refugiados iniciaram a viagem, segundo o ministério da Defesa.
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