A coalizão internacional liderada por Washington para destruir o Estado Islâmico (EI) ganhou força com a adesão de Reino Unido, Bélgica e Dinamarca e já conta com mais de 50 nações da Europa, da América do Norte, da Ásia, da Oceania, da África e do Oriente Médio. Por 524 votos a favor e 43 contra, o Parlamento britânico aprovou ontem a participação de Londres na ofensiva aérea em território iraquiano, mas rejeitou o envio de tropas. Seis caças-bombardeiros Tornado foram colocados de prontidão em uma base aérea no Chipre e devem partir para o Oriente Médio nas próximas horas. Decisão semelhante foi tomada por Bruxelas, que enviou seis aviões de combate F-16 à Jordânia. O governo dinamarquês, por sua vez, mobilizou sete caças do mesmo modelo no Iraque. Até mesmo a Rússia assegurou estar pronta para apoiar Bagdá na luta contra o EI, apesar das tensões provocadas pela crise no leste da Ucrânia. Os Estados Unidos trabalham pela adesão do Brasil.
Uma nova onda de bombardeios foi lançada pela Força Aérea no início da madrugada de hoje (hora local), no quinto dia consecutivo da ofensiva. O Pentágono admite que a campanha de ataques aéreos não será suficiente para derrotar os jihadistas. De acordo com o general Martin Dempsey, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas dos EUA, a retomada do território perdido no leste da Síria para os terroristas exigiria a mobilização de 12 mil a 15 mil rebeldes sírios ; três vezes o número de combatentes treinados por Washington. ;Acreditamos que o caminho para desenvolver isso é por meio da oposição moderada síria. É preciso ter certeza de que os resultados do treinamento serão positivos. Temos que fazer bem, não rápido;, declarou.
Antes da votação no parlamento, o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, lembrou que o Estados Islâmico é uma organização terrorista com a qual o mundo jamais lidou. ;Sua brutalidade é impressionante: decapitações, crucificações, a extirpação de olhos, o uso de estupro como arma, o massacre de crianças, todas as essas coisas pertencem à idade das trevas;, afirmou. ;Mas não se trata somente da brutalidade, ela é apoiada por bilhões de dólares e já capturou um arsenal com as armas mais modernas.; Como forma de se antecipar a um possível atentado terrorista, a Polícia Metropolitana de Londres realizou nove prisões e 19 incursões de surpresa a alvos suspeitos.
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