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Braço sírio da Al-Qaeda exige negociações para libertar soldados libaneses

Em troca da libertação dos reféns, a Al-Nosra pede a retirada do Hezbollah da Síria e a libertação de prisioneiros islâmicos detidos no Líbano

Agência France-Presse
postado em 27/09/2014 11:59
Beirute - A Frente Al-Nosra, o braço sírio da rede Al-Qaeda, exigiu neste sábado negociações com as autoridades libanesas para a libertação de dezenas de soldados mantidos como reféns, de acordo com um vídeo.

Três soldados já foram executados por seus sequestradores, dois pelo grupo Estado Islâmico (EI) e um pela Al-Nosra, um mês após a captura em 2 de agosto de trinta soldados e policiais durante combates sem precedentes entre o exército e os jihadistas vindos da Síria em uma cidade na fronteira.

Al-Nosra, que já postou na internet dois vídeos, acusou novamente o Hezbollah xiita, que apoia o exército sírio em sua guerra contra os rebeldes e jihadistas, de bloquear as negociações para a libertação dos soldados.

O Hezbollah "frustrou todas as tentativas de negociar a libertação de reféns libaneses", diz o vídeo.

Em troca da libertação dos soldados, Al-Nosra solicita a retirada do Hezbollah da Síria e a libertação de prisioneiros islâmicos detidos no Líbano, ameaçando executar os soldados. O governo libanês diz recusar-se a ceder à "chantagem" jihadista.



O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, apelou o governo a não aderir às demandas desses grupos, apesar de negar ter bloqueado os esforços para libertar os soldados. Os combates que começaram no mês passado em Aarsal, uma cidade sunita no leste do país, foram os mais intensos no Líbano desde o início do conflito na vizinha Síria.

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