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Cuba condena a aplicação de sanções americanas durante assembleia na ONU

De acordo com o chanceler cubano, elas se tornaram " um instrumento de castigo, ameaça e obtenção espúria de recursos financeiros"

postado em 27/09/2014 20:53
Nova York - Cuba condenou, neste sábado, perante a ONU, a aplicação de leis americanas fora das fronteiras deste país, como no caso do embargo à ilha e a adoção generalizada de sanções econômicas.

A aplicação de sanções milionárias "se transformou em um instrumento de castigo, ameaça e obtenção espúria de recursos financeiros", disse, na 69; Assembleia Geral da ONU, o chanceler cubano, Bruno Rodríguez.



Na opinião do chefe da diplomacia cubana, as sanções e a aplicação extraterritorial de leis americanas se tornaram "uma ferramenta de política externa". No caso específico de Cuba, disse Rodríguez, essa tendência se traduziu em um fortalecimento das sanções, relacionadas com o embargo de Washington contra Havana. Estas ações, acrescentou, têm agora "ênfase inaudita nas transações financeiras, aplicando sanções multimilionárias a bancos de países terceiros", como no caso da "escandalosa e injusta mega-multa" aplicada ao banco BNP Paribas.

[SAIBAMAIS]

Em julho passado, a justiça americana aplicou multa de 8,9 bilhões de dólares ao banco francês por ter violado o embargo americano a transações financeiras com o Sudão, Cuba e Irã. Rodríguez também condenou a decisão do Departamento de Estado de manter Cuba na lista "unilateral e arbitrária" de países "patrocinadores do terrorismo". Em seu discurso, o chanceler cubano voltou a fazer um apelo a Washington para iniciar um diálogo bilateral "mutuamente respeitoso, responsável, sobre bases recíprocas".

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