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Presidente do Equador critica a intervenção dos EUA na América Latina

Rafael Correa considera que a criação de centros de formação de líderes mundiais significa uma "intervenção" dos Estados Unidos na região

Agência France-Presse
postado em 27/09/2014 20:58
Quito - O presidente do Equador, Rafael Correa, criticou neste sábado o que considera um plano de "intervenção" dos Estados Unidos na América Latina, através da criação de centros para a formação de líderes em nível mundial.

"Isto é parte da restauração conservadora, companheiros: o descarado anúncio de intervenção em outros países", disse Correa, em informe semanal de trabalho, emitido na cidade andina de Alóag, vizinha a Quito. O presidente fez alusão ao anúncio recente do presidente, Barack Obama, sobre a criação de seis centros de inovação para potencializar os grupos da sociedade civil no mundo. Ele acrescentou que a proposta é para "intervir em Venezuela, Bolívia e Equador".

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"Deixem-nos em paz já e respeitem a soberania dos nossos países", afirmou o presidente equatoriano. "Gosto muito dos Estados Unidos, mas temos que denunciar certas práticas", acrescentou. Correa, no poder desde 2007, tem denunciado permanentemente planos de grupos opositores que, segundo ele, buscam desestabilizar sua administração.

Além disso, afirmou que seu governo está enfrentando a "mesma cartilha" que a oposição tentou em Venezuela, Bolívia e Argentina. "A estratégia é esquentar as ruas, depois tentar afetar a autoridade e a legitimidade do governo, buscando inclusive que a força pública se sublevante para finalmente tentar derrubar o governo ou nos desgastar tanto quanto possível para as eleições de 2017", afirmou Correa, na sexta-feira, durante posse de novos ministros.

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